Os dois jogadores que protagonizaram a final do campeonato do mundo de dardos, que decorre esta semana na cidade britânica de Wolverhampton, bateram-se no fim da partida por um motivo bem mais prosaico que o resultado do jogo: o cheiro em cima do palco, com os dois a acusarem-se mutuamente de soltar gases durante o encontro.

Segundo o jornal britânico The Guardian, foi o atleta derrotado, o holandês Wesley Harms, quem deu início à polémica, depois de perder por 10-2 contra o escocês Gary Anderson, que já tinha sido duas vezes campeão do mundo.

Numa conferência de imprensa após o final do jogo, Harms justificou a sua prestação abaixo do normal com o “cheiro perfumado” da flatulência do oponente. “Vou demorar duas noites para tirar este cheiro do meu nariz”, afirmou o holandês à imprensa.

O escocês Gary Anderson durante uma partida de dardos (Alex Livesey/Getty Images)

O escocês veio, depois, negar as acusações e atirou as culpas para o seu adversário. Mas o holandês insistir: “se o rapaz [Anderson] pensa que eu soltei gases, está 1010% errado. Juro pela vida dos meus filhos que não foi culpa minha. Tive problemas de barriga uma vez em palco e admiti-o. Por isso não vou mentir sobre soltar gases em palco”, disse Harms.

Em sua defesa, Anderson deteve-se longamente sobre a polémica escatológica, garantindo que “definitivamente” o cheiro vinha de perto do seu oponente. “Era ovos, ovos podres, mas não de mim. Sempre que lá passava vinha um bafo a ovos podres, por isso é que pensei que fosse ele. Definitivamente não fui eu”, afirmou o escocês.

“Era mau. Era um fedor. Depois ele começou a jogar melhor e pensei que ele talvez precisasse de largar algum vento. Se alguém fez aquilo, precisa de ir ao médico. Parece que ele diz que fui eu, mas eu iria admiti-lo”, continuou, antes de rematar admitindo que já soltou gases durante jogos, mas nunca o usou para tentar obter “vantagem”.

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