O maior revendedor online da Dinamarca (a DBA, comprada pelo eBay) baniu cerca de 200 itens associados a símbolos Nazis, onde se encontravam bolas de Natal com a cruz suástica ou uma figura de Lego de um oficial das SS. De acordo com a porta-voz da DBA, Sofie Folden Lund, citada pelo Independent, quando a empresa deu conta de que os objetos estavam à venda removeu-os imediatamente por achar que “podiam ser considerados ofensivos”.

A DBA, que foi comprada pelo gigante eBay em 2008, é um dos mais populares sites da Dinamarca, estimando-se que tenha cerca de 1,6 milhões de visitantes únicos todos os meses.

Os itens em causa estavam catalogados na categoria de “coleções” e, segundo explicou a porta-voz à imprensa, “a regra é permitir a venda de itens identificados na categoria de coleções, por terem algum valor e interesse para os colecionadores”. Mas não foi o que aconteceu com estes itens. “Optámos por banir os produtos Nazis por reconhecermos que podem causar emoções particularmente grandes e podem parecer ofensivos”.

A posse e a venda de objetos alusivos ao nazismo não é considerado ilegal na Dinamarca. O que leva à proibição da venda é, na verdade, a “política de materiais ofensivos” do eBay, que proíbe a venda de materiais alusivos a símbolos Nazi bem como a venda de qualquer objetivo que tenha sido produzido depois de 1933 que contenha uma suástica.

Segundo a imprensa dinamarquesa, na sexta-feira de manhã foram encontrados à venda na DBA 178 objetos deste género, incluindo 12 bolas de Natal com a cruz suástica, alegadamente compradas na Lituânia por um dinamarquês, chamado Claus Dalsborg, que se propunha a vendê-las por cerca de 2 dólares cada. Além das bolas de Natal, foi encontrada também uma figura de Lego de um oficial das SS, e uma bandeira descrita como “uma bandeira Nazi super cool“.

Claud Dalsborg, questionado pela imprensa dinamarquesa, mostrou-se compreensivo com o facto de a plataforma ter impedido a venda das bolas de Natal, mas defendeu que “estes símbolos fazem parte da história”. “Houve nazis que celebraram o Natal, não podemos mudar isso”, disse ainda.

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