O presidente do PSD, Rui Rio, lamentou sábado a morte de Loureiro dos Santos, considerando-o uma “pessoa de grande valor intelectual”, com uma visão estratégica sobre as relações externas e as questões militares.

“O general Loureiro dos Santos habituou-nos a todos a olhar para ele como uma pessoa de grande valor intelectual, seja nas relações externas, seja particularmente nas questões militares”, afirmou Rui Rio, que falava aos jornalistas após uma reunião do Conselho Estratégico Nacional do PSD, em Coimbra.

José Loureiro dos Santos, antigo ministro da Defesa Nacional e ex-Chefe do Estado-Maior do Exército, morreu sábado, em Lisboa, aos 82 anos, vítima de doença, disse à agência Lusa fonte da família.

Numa altura em que “escasseavam nas Forças Armadas pessoas com essa visão estratégica, ele, a par de mais dois ou três, foi dos primeiros a aparecer no espaço público e a todos ensinar essa componente da defesa nacional e militar”, realçou o líder social democrata.

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Para Rui Rio, a morte de Loureiro dos Santos é “uma perda para o país”, esperando que surjam outros generais “capazes de refletir em público a estratégia da defesa nacional, porque, como é evidente, as funções de soberania, ao longo dos últimos anos, foram perdendo força”.

Nascido em Vilela do Douro, concelho de Sabrosa, no distrito de Vila Real, em 02 de setembro de 1936, José Alberto Loureiro dos Santos foi ministro da Defesa Nacional entre 1978 e 1980, nos IV e V Governos Constitucionais, chefiados por Carlos Mota Pinto e Maria de Lourdes Pintasilgo, ambos executivos de iniciativa presidencial de Ramalho Eanes.

Militar do ramo de artilharia, Loureiro dos Santos foi vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, em 1977, e Chefe do Estado-Maior do Exército.