O i8, o coupé desportivo da BMW, é um híbrido bastante mais suave de conduzir do que o seu agressivo aspecto exterior poderia fazer prever. Anuncia e possui 374 cv, mas só às vezes, pois se pode sempre contar com os 231 cv do pequeno motor tricilíndrico 1.5 sobrealimentado a gasolina, já o motor eléctrico de 143 cv faz a sua ajuda depender da disponibilidade da bateria, com somente 11,6 kWh, capacidade típica dos híbridos plug-in.

O condutor tem de dosear a potência através de uma caixa de velocidades automática convencional, não daquelas mais rápidas e por vezes bruscas, de dupla embraiagem, mas das mais suaves e progressivas, com conversor de binário. E o funcionamento é relativamente simples, bastando colocar a alavanca em R (reverse) para andar para trás e D (drive), para andar para a frente, isto se carregarmos no pedal da direita (o do acelerador), para depois accionarmos o pedal da esquerda para reduzir a velocidade ou parar.

Apesar de toda esta facilidade de utilização do coupé, uma condutora não foi feliz quando tentou sair do espaço onde estava estacionada em marcha-atrás. Uma manobra simples, que começava por seleccionar R e, depois de se certificar que não havia peões ou veículos nas proximidades, carregar no acelerador gentilmente. O que a condutora fez, pelo menos até à parte do “gentilmente”. Em vez disso, esmagou o acelerador e continuou a pressioná-lo mesmo depois de sair do estacionamento, atravessar a rua, invadir o jardim do vizinho e destruir a traseira do i8 contra a parede. Quando retirou (finalmente) o pé do pedal da direita, saiu do carro, com ar bastante abalado e alegou ter-se baralhado com os pedais. Certamente já a pensar na reparação do BMW e do jardim da frente, fontanário e poste incluídos.

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