Nuno Mendes, o líder da Juventude Leonina conhecido como Mustafá, deverá pedir apoio judiciário, alegando dificuldades financeiras para suportar a sua defesa no processo em que é apontado como um dos alegados autores morais do ataque à academia do Sporting em Alcochete, avança o Correio da Manhã na sua edição desta terça-feira. Isto significa que, a concretizar-se, será o Estado a subsidiar o seu advogado por falta de recursos suficientes para lhe pagar.

O pedido, incluído no processo que deverá ir agora para instrução, descreve que Mustafá ganha apenas 2.000 euros por mês, paga 600 euros mensais pelo crédito de uma casa na Quinta da Aroeira, tem apenas um Peugeot e que ainda tem encargos com uma filha menor — uma situação para a qual não pode contar com a ajuda da mulher, funcionária da mesma claque sportinguista e sem vencimento. Além disso, não possuem garantias bancárias e, a avaliar pelas declarações de rendimentos apenas ao processo de Alcochete, praticamente vivem no limiar da pobreza.

No entanto, estes argumentos apresentados por Nuno Mendes contrariam o que parece acontecer na realidade registada pela vigilância da GNR, conta o mesmo jornal. Mustafá costuma circular num BMW 325, carro em que foi fotografado em várias ocasiões, e também foi visto com um Porsche. Além disso, nas declarações apensas ao projeto, não consta qualquer referência a percentagens recebidas pelos negócios das vendas dos bilhetes ou com merchandising da própria Juve Leo.

Juve Leo fala de “uma investigação descabida e sem fundamentos” contra Mustafá

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