O Conselho de Ministros aprovou a proposta de Lei de Programação Militar (LPM) para o período 2019/2030, que prevê um investimento de 4,74 mil milhões de euros, anunciou esta quinta-feira o ministro da Defesa.

Em conferência de imprensa, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, destacou que a proposta “representa um investimento muito substancial” e o “fim de um longo ciclo de depauperamento progressivo das Forças Armadas”, visando a sua “atualização e transformação”.

João Gomes Cravinho disse que dois terços dos investimentos previstos são de “continuidade” e um terço referem-se a “projetos estruturantes novos”, como a aquisição dos aviões KC-390 para substituir os C-130 da Força Aérea, com um valor de “827 milhões de euros no horizonte dos doze anos”.

A edificação da capacidade de `ciberdefesa´ prevê um montante de 46 milhões de euros, que permite um “aumento muito substancial do número de pessoas” a trabalhar no projeto, destacou.

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Gomes Cravinho salientou a aquisição de seis Navios de Patrulha Oceânica para a Marinha, do Navio Polivalente Logístico, novos helicópteros, e de equipamento individual para os soldados.

De acordo com o ministro, a LPM traduz uma aposta nas missões de busca e salvamento e em equipamento que permita o duplo uso militar e civil, nomeadamente no apoio a combate a incêndios e a outras missões de natureza civil.

Como exemplo, na sequência da tragédia de Borba, foram empenhados militares especializados em engenharia e mergulhadores da Marinha, disse.

“Estamos a falar de uma aposta grande não apenas na nossa segurança mas de um efeito multiplicador muito intenso no tecido industrial e económico nacional e na investigação e desenvolvimento”, afirmou.

A proposta de lei, que o ministério espera entregar no parlamento até ao final do mês, prevê duas revisões, a primeira em 2022 e a segunda em 2026.