O secretário-geral do PCP anteviu esta sexta-feira que o primeiro-ministro vá “puxar a brasa à sua sardinha”, num evento de comemoração dos três anos de Governo, mas frisou a importância e contributo dos comunistas para os “avanços” alcançados.

“É evidente que o Governo vai puxar a brasa à sua sardinha, tendo em conta elementos positivos que se verificaram durante este mandato”, disse Jerónimo de Sousa, à margem de uma visita à Câmara Municipal do Seixal e contacto com os seus trabalhadores para assinalar a reposição do pagamento na íntegra do 13.º mês (subsídio de Natal), em vez dos duodécimos ao longo do ano.

O líder comunista considerou que “com certeza, [António Costa] haverá de reconhecer que era um Governo minoritário e tais avanços, tal reposição e conquista de direitos, se deve em muito à nova relação de forças existente na Assembleia da República e ao papel do PCP”.

“Consideramos que o balanço é positivo em termos de reposição e conquista de direitos, mas continuamos a ter um problema de fundo: se não conseguirmos libertar-nos das imposições que resultam da União Europeia e do euro…”, alertou.

O secretário-geral dos comunistas lamentou que “mesmo com os avanços, a promoção, no plano do desenvolvimento económico, ainda veio o ralhete e o alerta em relação ao caminho” que o país está a percorrer”, referindo-se a recentes chamadas de atenção das instituições europeias.

Jerónimo de Sousa renovou ainda as críticas sobre a não libertação do executivo socialista das políticas de direita, exemplificando com o processo de resolução do banco Banif e a falta de melhorias na legislação laboral.

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