O antigo diretor de campanha de Donald Trump, Paul Manafort, está a ser acusado de furar o acordo feito com a justiça norte-americana por “mentir repetidamente” ao FBI. Após uma investigação ao seu trabalho como consultor político na Ucrânia e a uma acusação por fraude financeira, Manafort aceitou colaborar com o procurador Robert Mueller no caso das alegadas interferências russas nas eleições presidenciais de 2016 — em troca, seria poupado a uma nova acusação e ao regresso a tribunal para mais um julgamento.

Embora os advogados tenham garantido que o consultor estava a fornecer informação relevante e genuína sobre o caso ainda em investigação, os procuradores estão convencidos do contrário e disseram-no em tribunal, num documento entregue ao juiz: acreditam que não estão a receber informação credível e que, por isso, o acordo feito há dois meses está a ser desrespeitado. Alegam mesmo que Manafort cometeu crimes federais ao prestar informação falsa aos investigadores do FBI e ao procurador-especial. Isto significa que, desfeito o acordo, Mueller perde uma testemunha-chave no processo que envolve Trump e as alegadas ligações russas à sua campanha.

Paul Manafort chegou a acordo com procurador: assume culpa para evitar novo julgamento

De acordo com os procuradores da equipa de Mueller, Paul Manafort partilhou muitas informações cuja veracidade podia ser verificada e validada — ou não. E, de acordo com o que declararam em tribunal esta segunda-feira, o consultor terá mentido “nas mais variadas matérias”, “violando assim o seu acordo”, descrevem num documento de três páginas, subscrito pelos procuradores que o acusam e também pela sua equipa de defesa.

Ainda falta conhecer muitos detalhes do caso mas, para já, ambas as partes acreditam que o processo de Manafort deverá avançar rapidamente para a fase de sentença, pedido esse que já terá sido entregue ao juiz.

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