Os residentes em Gaia foram aqueles que em 2017, na Área Metropolitana do Porto, mais tempo despenderam em deslocações diárias, enquanto na Área Metropolitana de Lisboa a capital ocupou esse lugar, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo os resultados definitivos do Inquérito à Mobilidade nas Áreas Metropolitanas do Porto (AMP) e de Lisboa (AML), realizado pelo INE em 2017 e terça-feiradivulgado, os residentes em Vila Nova de Gaia despenderam por dia, em média, 82,2 minutos em deslocações nos dias úteis e 67,4 minutos nos dias não úteis.

Em contraponto ao município de Gaia, os residentes em São João da Madeira foram os que passaram, em média, menos tempo em deslocações nos dias úteis da semana (46,1 minutos por dia), e os residentes no município de Espinho foram os que despenderam, em média, menos tempo em deslocações nos dias não úteis (37,6 minutos).

De acordo com o estudo, os residentes na AMP gastaram, em média, 66,8 minutos por dia em deslocações, valor que aumenta para 69,5 minutos relativamente aos dias úteis e diminui para 59,8 minutos em relação aos dias não úteis.

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Já os residentes na AML passaram, em média, 72,5 minutos por dia em deslocações, aumentando este valor para 76,3 minutos relativamente aos dias úteis e diminuindo para 61,9 minutos em relação aos dias não úteis.

De acordo com o INE, os moradores no município de Lisboa foram os que despenderam, em média, mais tempo em deslocações nos dias úteis (84 minutos) e nos dias não úteis (72,7 minutos).

Já os residentes no município de Mafra foram os que, na AML, passaram em média menos tempo em deslocações nos dias úteis da semana (59,3 minutos), e os residentes da Moita eram os que despendiam, em média, menos tempo em deslocações nos dias não úteis (40,3 minutos).

Em termos de distâncias percorridas, o inquérito estima em 10,6 quilómetros (km) a média de deslocações dos residentes da AMP e 11 km no caso da AML, variando no caso da AMP entre um máximo de 13,2 km em Gondomar e um mínimo de 7,5 km em Vale de Cambra.

Já na AML foram os residentes no município de Alcochete que percorreram maiores distâncias médias nas suas deslocações diárias, com 15,2 km, por oposição aos residentes no município de Odivelas, com 8,7 km.

Relativamente a despesas com a mobilidade, verificou-se que 46% da população residente na AMP e 56,2% na AML tinham habitualmente despesas com transportes públicos.

Na AMP, entre os indivíduos que tiveram este tipo de despesa, 50,2% dos respetivos agregados tinha um gasto mensal de 30 ou mais euros, enquanto na AML este nível de gastos mensais atingiu 69,9% dos agregados.

Este inquérito abrangeu cerca de 100 mil residentes nas duas áreas metropolitanas.

Os resultados foram apresentados esta terça-feira à tarde no Porto e divulgados na página do INE na internet.