Depois do Crossland X e do Mokka X – que passará a Classe 1 nas auto-estradas a partir de Janeiro, mas apenas nas versões com tracção à frente e Via Verde –, a Opel prepara-se para introduzir no mercado o maior dos seus SUV, o Grandland X. Concebido com base na plataforma EMP2, a mesma que serve o Peugeot 3008, o DS7 e o Citroën C5 Aircross, o Grandland X exibe um comprimento total de 4,48 metros, mais generoso pois do que os 4,28 m do Mokka X e 4,21 m do Crossland X.

O novo SUV visa assegurar ao construtor alemão uma presença digna no segmento dos SUV que mais vende na Europa, e o segundo mais importante entre nós, aquele em que o Nissan Qashqai lidera. Proporciona níveis de habitabilidade muito interessantes para uma família, em matéria de habitáculo  e de bagageira, sem contudo ser demasiado grande para evitar transformar num martírio a sua utilização em cidade.

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Esteticamente o Grandland X é atraente, mas de aspecto clássico, com uma linha lateral em cunha para lhe conferir um ar mais dinâmico, uma carroçaria a duas cores, cortesia do tejadilho e uma frente que exibe a tradicional grelha da marca, mas numa solução mais rasgada do que no Crossland X, o que resulta mais agradável. Com a mesma distância entre eixos do 3008, o Opel anuncia um peso similar e relativamente baixo para o segmento, pois não ultrapassa 1.370 kg com motor de três cilindros a gasolina e 1.435 kg quando equipado com o 1.5 de quatro cilindros a gasóleo.

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Com mais de 115.000 unidades vendidas na Europa, onde já é comercializado há largos meses, o maior dos três SUV alemães chega só agora ao nosso país, pois só também agora é que vai ser alterado o sistema que lhe permite ser considerado Classe 1 nas auto-estradas nacionais, a partir de Janeiro. Contudo, todos os veículos entretanto adquiridos, que serão Classe 2 em Dezembro, poderão adquirir a Via Verde nos primeiros dias de 2019, para assim passar a pagar cerca de metade.

Equipamento, motores e preços

O Grandland X é proposto com dois níveis de equipamento, nomeadamente Edition e Innovation, este último o mais completo e com um preço superior em 2.400€, incluindo uma série de detalhes, como os bancos em pele e tecido, e o sistema de navegação. Além destes itens propostos de série, o SUV pode ainda estar equipado com bancos mais confortáveis e homologados pelo Aktion Gesunder Rucken, o especialista alemão em ergonomia, por mais 400€, o sistema de carga de telemóveis por indução (150€), o tecto panorâmico em vidro (700€) ou os faróis com a tecnologia AFL por LED, que obrigam a um investimento adicional de 1.200€.

O habitáculo é espaçoso, parece sólido e possui bons materiais, sensação que é reforçada pelos plásticos macios e agradáveis ao toque que revestem todo o tablier e portas dianteiras. Também os pilares dianteiros surgem cobertos por tecido, como é expectável neste segmento, sendo a posição de condução correcta, com o volante a ser regulável em alcance e altura. Mesmo os condutores de maior estatura não sentirão dificuldade em ocupar o seu lugar atrás do volante, graças à amplitude da regulação do assento, particularmente em altura.

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Em matéria de motores, o Grandland X vai estar disponível de início com o motor 1.2 Turbo, três cilindros e 130 cv, ou com o 1.5 CTDi a gasóleo, com quatro cilindros e, se possui a mesma potência, usufrui de mais força, com 300 Nm de binário contra 230 Nm. Em termos práticos, o motor a gasolina anuncia 188 km/h de velocidade máxima, contra 195 km/h do turbodiesel, para depois compensar ao ser mais rápido de 0-100 km/h, necessitando de somente 10,1 segundos, contra 11,3 da versão diesel. Porém, esta tem óbvias vantagens nas recuperações sem recurso à caixa e, sobretudo, nos consumos, ao anunciar 4,1 litros de média contra 5,2 do tricilíndrico 1.2. Ambos estão disponíveis com a caixa manual de seis relações, mas podem opcionalmente oferecer a automática de oito velocidades com conversor de binário.

A proposta mais acessível do Grandland X surge equipada com o 1.2 Turbo na configuração Edition, à venda por 29.090€, para depois a Opel exigir 32.090€ em troca da mesma versão Edition, mas agora com o 1.5 CDTi. Estes valores não alinham pelos modelos mais baratos do segmento e, mesmo dentro da PSA, estão posicionados entre a Citroën e a Peugeot (com a DS a surgir um pouco mais acima). Contudo, esta realidade é mais evidente em relação ao motor a gasolina do que ao diesel, uma vez que aqui a desvantagem do Opel para o Citroën é de apenas 240€, contra os 1.940€ entre as motorizações a gasolina.

O Grandland X chega a Portugal em Dezembro e devidamente imbuído do espírito natalício, com a Opel a oferecer 2.400€, o que é uma prenda e peras. A oferta surge na forma de uma promoção ao nível do equipamento, com a marca alemã a comercializar o nível Innovation pelo mesmo preço do Edition durante o mês de Dezembro.

Apostando que a maioria da procura, devido às frotas de empresa, se vai concentrar na versão mais bem equipada, a Opel deposita ainda esperanças (obviamente comerciais) nos motores 2.0 CDTi de 177 cv e no 1.6 Turbo de 180 cv, que vai introduzir na próxima Primavera. Igualmente importante vai ser a versão Ultimate, que surgirá também nessa altura e que tem a particularidade de disponibilizar o IntellGrip, sistema que ajuda os condutores que habitualmente enfrentam, com apenas duas rodas motrizes, pisos mais escorregadios. Contudo, isto vai mudar a partir do final de 2019, quando forem introduzidas as duas versões híbridas plug-in, uma com tracção à frente com 225 cv e outra com 300 cv e o motor eléctrico montado no eixo posterior, de forma a assegurar tracção às quatro rodas.