O Comité Olímpico Internacional (COI) anunciou hoje a criação de uma comissão de direitos humanos, que vai ser liderada pelo jordano Zeid Ra’ad al-Hussein, antigo Alto Comissário para os Direitos Humanos das Nações Unidos.

O presidente do COI, Thomas Bach, adiantou, em Tóquio, que os direitos humanos vão ser incluídos nos contratos com as cidades-sede dos Jogos Olímpicos, a partir de Paris 2024.

Questionado sobre se esta nova comissão vai já avaliar os Jogos de Inverno de 2022, em Pequim, Bach lembrou que o COI “não tem o mandato nem a autoridade para resolver problemas de direitos humanos”, considerando que essas são “questões políticas”.

Um relatório da Human Rights Watch revelou que a China tem vindo a expandir, na região do Xinjiang, uma rede de 28 campos onde se estima que mais de um milhão de uigures são forçados a criticar o islão e a própria cultura, a aprender mandarim e a jurar lealdade ao Partido Comunista Chinês (PCC).

A análise detalha que, desde o início de 2017, e sobretudo em pouco mais de meses, os campos registaram uma expansão total de mais de dois milhões de metros quadrados.

Na região do Xinjiang vivem cerca de 11 milhões de uigures.

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