O músico brasileiro Djavan vai atuar em Portugal, em novembro do próximo ano, para apresentar, em três palcos, o seu novo álbum, Vesúvio, o 24.º da carreira, editado há uma semana.

Djavan, acompanhado de uma nova banda, tem espetáculos previstos no Casino Estoril, nos arredores e Lisboa, a 6 de novembro, no multiusos do Campo Pequeno, em Lisboa, no dia 8, e, no dia seguinte, no Coliseu do Porto, anunciou esta segunda-feira a sua promotora.

Além das canções do novo álbum, editado pela Luanda Records, como “Solitude”, “Cedo ou Tarde” e “Vesúvio”, Djavan inclui no alinhamento alguns dos seus sucessos, designadamente “Se”, “Flor do Medo”, “Eu te Devoro” e “Samurai”, entre outros.

Sobre o novo álbum, num texto enviado à agência Lusa, o músico afirma: “Estou sempre buscando novas motivações e, para mim, pareceu um desafio imenso fazer música pop neste momento, eu que normalmente em meus discos invisto na diversificação”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Quis fazer um disco pop também pelo momento em que estamos vivendo, nebuloso, de tanta incerteza no país e no mundo. Queria que a minha mensagem musical chegasse com mais facilidade, com mais fluidez, e cristalina”, acrescenta.

A nova banda de Djavan inclui alguns músicos com os quais já trabalhou, como o guitarrista Torcuato Mariano e os pianistas Paulo Calasans e Renato Fonseca, e dois novos músicos, o baixista Arthur de Palla, e o baterista Felipe Alves. “Há um swing ainda mais pop para esta nova safra de canções”, referiu. Djavan dirige musicalmente o espetáculo, que tem cenários de Suzane Queiroz. O projeto de luz é de Binho Schaefer e, os figurinos, de Roberta Stamato.

Em 2016, numa entrevista à agência Lusa, Djavan afirmou: “Sempre que estou próximo de vir a Portugal fico com a felicidade imensa, como se estivesse próximo de voltar para casa, para casa de parentes, de pessoas queridas. Portugal reflete isso de modo geral para os brasileiros. É a pátria-pai do Brasil, não só pela história, mas porque vimos para cá com o sentido de vir para casa dos pais, para casa de pessoas que nos criaram, que nos deram vida. Tudo aqui, o cheiro, a arquitetura, a vegetação, as pessoas, a recetividade do nosso trabalho, tudo isso nos encanta, tudo isso nos chama de volta”.

Quatro décadas de música volvidas, Djavan afirmou-se, na ocasião, “com o mesmo empenho e a mesma dedicação” de sempre. “O que sei é que me diverti muito até hoje, continuo a divertir-me e continuo com a mesma impetuosidade de sempre, que é o que me mantém vivo, no sentido de querer tanto fazer as coisas, continuar compondo, subir aos palcos do mundo inteiro, mostrando esta música. É o meu ofício, que eu abracei com tanto amor. Embora eu tenha outros interesses, como arquitetura, botânica, [interesses] pela vida em geral, eu sou da música. A música é o que me trouxe até aqui. Tenho pelo trabalho uma grande paixão. Acordo todos os dias agradecendo a Deus ter um amor tão grande pela vida, e isso deve-se muito ao meu ofício”, disse o cantor nascido

Djavan, nascido em Maceió, no Estado de Alagoas, completa 70 anos em janeiro próximo, e a digressão Vesúvio abre em março na cidade de Santos, no Estado de S. Paulo.