O barril de petróleo Brent para entrega em fevereiro estava esta segunda-feira de manhã em forte alta, a cotar-se a 61,90 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 5,4% que no fim da sessão anterior. A subida do preço do petróleo estava a ser sustentada pela decisão tomada este fim de semana pelos Estados Unidos e pela China de suspenderem a imposição de taxas aduaneiras enquanto negoceiam um acordo comercial.

A decisão adotada neste fim de semana na cimeira do G20 em Buenos Aires entre Washington e Pequim contribuiu para que o preço do petróleo Brent, de referência na Europa, tenha começado a semana com uma subida de 5,8%, para 62,14 dólares, apesar de na sexta-feira ter terminado a 58,71 dólares, um mínimo deste ano.

O anúncio da saída do Qatar da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em janeiro também contribuiu para a subida desta segunda-feira do preço do petróleo. O preço do petróleo Brent chegou a terminar num máximo de 84,98 dólares em 1 de outubro.

Na próxima quinta-feira realiza-se em Viena a reunião da Rússia e da OPEP, que segundo analistas, poderia resultar num corte da produção. O ministro da Energia do Qatar, Saad al Kaabi, comunicou esta segunda-feira que o Qatar sairá da OPEP em janeiro porque quer concentrar-se no negócio do gás, tendo em conta que é o maior exportador de gás natural do mundo.

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Qatar decide abandonar OPEP, garantindo que não é uma decisão política

O ministro declarou que a decisão de abandonar a OPEP “não tem que ver com o bloqueio” económico que a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein e Egito impuseram contra Doha desde junho de 2017.

O Qatar cortou as relações diplomáticas com os vizinhos da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito desde junho de 2017, porque estes quatro países acusam Doha de patrocinar o terrorismo. O Qatar, que é membro da OPEP desde 1961, produz cerca de 128.645 milhões de metros cúbicos de gás natural por ano.