A Agência Lusa apresentou esta terça-feira um novo logótipo, “mais moderno e dinâmico”, que visa fazer face a uma “luta muito grande” no setor relativamente às notícias falsas, segundo o presidente da empresa.

“Esta imagem está […] no contexto de uma nova estratégia, que passa pela conquista de novos mercados, novos clientes, o lançamento de novos produtos, a melhoria da nossa rede nacional e internacional de delegados e de correspondentes, a melhoria das condições de trabalho dos nossos jornalistas e, no final disto tudo, a agência precisa de ter maior notoriedade”, disse o presidente do Conselho de Administração da Lusa, Nicolau Santos.

Falando depois da apresentação do novo logótipo, na sede da agência, em Lisboa, o responsável reconheceu que “a marca não é suficientemente conhecida, apesar do importantíssimo trabalho que desenvolve em defesa da existência dos meios de comunicação social, não só em Portugal, como nos países de língua oficial portuguesa, em particular em África”.

Para colmatar esta “lacuna” de falta de notoriedade, a Lusa tem agora um logótipo que mantém as cores anteriores (vermelho e verde), bem como o símbolo (um globo), mas com linhas mais modernas.

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“Não é uma rotura com o que existia antes, é uma continuidade. Há uma modernização do símbolo, mas o essencial é manter os valores de isenção, de credibilidade, de fiabilidade da agência, mas dar-lhe uma imagem mais moderna e mais dinâmica”, vincou Nicolau Santos.

Relacionando esta renovação com o estado do setor da comunicação social, o responsável referiu que a empresa enfrenta vários desafios.

“Há, hoje em dia, uma luta muito grande relativamente aos conteúdos falsos que são produzidos nas redes sociais e a existência de agências que sejam fiáveis, fidedignas, que respondam atempadamente às notícias é fundamental”, observou.

Além do mais, “a Lusa está inserida numa situação mais vasta, que é também ajudar a esse combate contra o populismo e contra a tirania”, concluiu.

Também presente no encontro, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, afirmou à margem da iniciativa que a nova imagem da empresa “consegue fazer algo que nem sempre se consegue fazer, que é mudar, mas de maneira a manter o que é o capital, a história de notoriedade positiva, de notoriedade junto das comunidades que falam em português em diferentes partes do mundo”.

Questionado sobre o investimento nesta nova imagem, Nicolau Santos disse não ter sido significativo, sem avançar um valor.

A Lusa é detida em 50,14% pelo Estado, seguindo-se acionistas privados como a Global Media Group (23,36%), a Impresa (22,35%), entre outros.