Nigel Farage, deputado europeu e ex-líder do partido eurocético britânico UKIP, anunciou esta terça-feira que abandonou o partido devido ao que considera ser uma mudança radical na direção do partido para a extrema-direita e a “fixação” na questão o Islão que, diz, deixou o partido “irreconhecível”.

“Depois de todos os meus anos de devoção ao partido, deixo o UKIP a partir de hoje. Há um enorme espaço para um partido pró-Brexit na política britânica, mas esse espaço não será preenchido pelo UKIP”, disse o antigo líder do partido entre 2010 e 2016 num artigo publicado no jornal britânico Telegraph.

Segundo Nigel Farage, a direção do partido mudou de forma profunda durante a atual liderança e que o atual líder do partido, Gerard Batten, tem uma “obsessão” pelo ativista de extrema-direita Tommy Robinson e uma “fixação com a questão do Islão que tornou o UKIP irreconhecível”.

Gerard Batten nomeou Tommy Robinson para seu conselheiro para questões como a reforma criminal, o que causou mal-estar no partido, mas acabou por sobreviveu a um teste à sua liderança dentro do partido. Na sequência desse voto, Nigel Farage pediu a sua desvinculação do UKIP.

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