Os Xutos & Pontapés vão editar, em janeiro, mês em que completam 40 anos de carreira, o novo álbum, Duro, que inclui temas gravados pelo guitarrista Zé Pedro, que morreu no ano passado, foi anunciado esta quarta-feira. De acordo com informação disponibilizada na página oficial da banda no Facebook, o novo disco, que vai ser editado a 18 de janeiro, vai ser apresentado ao vivo a 25 de janeiro no Lisboa ao Vivo, em Lisboa, e a 1 de fevereiro no Hard Club, no Porto.

Em janeiro, os Xutos & Pontapés anunciaram que iriam manter-se no ativo apesar da morte do guitarrista Zé Pedro. Na altura, a banda referiu que Zé Pedro deixou alguns temas gravados em 2017, que entrariam no futuro álbum. O guitarrista morreu a 30 de novembro, aos 61 anos. O último concerto no qual participou aconteceu a 4 de novembro, no Coliseu de Lisboa, e fechou a digressão de 2017.

Em junho deste ano, a banda homenageou o guitarrista com um concerto emotivo no Rock in Rio Lisboa, que contou com a presença das três maiores figuras do Estado português — o Presidente da República, Presidente da Assembleia da República e primeiro-ministro –, familiares e amigos de Zé Pedro.

Zé Pedro “voltou” uma última vez ao palco para tocar com os Xutos & Pontapés

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No mês seguinte, o festival Super Bock Super Rock incluiu no programa o espetáculo “Who the f*ck is Zé Pedro?”, que juntou em palco músicos como Carlão, Manuela Azevedo, Manel Cruz e Rui Reininho a interpretarem temas das bandas por onde Zé Pedro passou, acompanhados por uma banda formada por familiares dos Xutos & Pontapés.

“O Zé Pedro está vivo aqui”. Assim foi a homenagem ao guitarrista dos Xutos e Pontapés, no SBSR

Prestes a celebrar 40 anos de carreira, os Xutos & Pontapés deram o primeiro concerto a 13 de janeiro de 1979, nos Alunos de Apolo, em Lisboa. O último álbum, Puro, data de 2014.

O novo disco é “um legado de perseverança e persistência, de luto e de alegria, ansiedade e calma”. “Com 40 anos de existência, os Xutos & Pontapés são das poucas bandas portuguesas verdadeiramente transgeracionais, somando aos mais militantes adeptos dos seus primeiros tempos, novas gerações às suas fileiras de fãs. Duro, é por isso mesmo um legado”, lê-se na página da banda no Facebook.