O primeiro-ministro português salientou esta segunda-feira em Marraquexe, Marrocos, a importância da diáspora portuguesa, com mais de cinco milhões de pessoas, e como ela tem peso na forma como Portugal vê as migrações. “Os portugueses há muito que andam pelo mundo. É por isso que somos bons em estabelecer laços com diferentes culturas, diferentes tradições e diferentes religiões”, referiu António Costa.

O chefe do Governo falava na cidade marroquina, na conferência intergovernamental que esta segunda-feira adotou formalmente o pacto global para uma migração segura, ordenada e regular, o primeiro documento deste género que foi promovido e negociado sob os auspícios das Nações Unidas.

“A nossa visão da migração também é a existência de uma diáspora portuguesa há muito estabelecida e bem integrada em todos os continentes, totalizando mais de cinco milhões de pessoas”, salientou o chefe de Governo, acrescentando que Portugal também é um local de acolhimento de diferentes comunidades que “dão uma importante contribuição” para o desenvolvimento económico do país e para a diversidade cultural da sociedade portuguesa.

Nesse sentido, António Costa defendeu em Marraquexe que uma migração “administrada com sabedoria” pode favorecer o crescimento económico e ajudar a enfrentar os crescentes desequilíbrios nas tendências demográficas entre regiões e continentes.

“Se deixada totalmente desregulamentada, pode levar a tensões, como testemunhamos hoje”, prosseguiu o primeiro-ministro português. Como tal, segundo frisou António Costa, a migração “é ao mesmo tempo um desafio e uma oportunidade”. “Deve ser abordada de maneira conjunta e global, através da promoção e do fortalecimento de mecanismos de caráter multilateral, envolvendo os países de origem, de trânsito e de destino”, afirmou.

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