As principais bolsas europeias estavam esta terça-feira em alta, com os olhos postos no possível aumento das tensões comerciais entre Pequim e Washington e na evolução do Brexit.

Perto das 9h10 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a subir 0,76% para 341,57 pontos. As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt subiam 0,38%, 0,61% e 0,64%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão avançavam 0,28% e 0,17%. Depois de ter aberto em alta, a bolsa de Lisboa mantinha a tendência e, perto das 9h10, o principal índice, o PSI20, valorizava-se 0,02% para 4.792,45 pontos.

A China defendeu na segunda-feira a tecnológica Huawei, depois da detenção no Canadá da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, a pedido dos Estados Unidos, por alegadamente ter violado as sanções impostas por Washington ao Irão. Também na segunda-feira, a China proibiu a venda de vários modelos iPhone da Apple por uma disputa de patentes.

Esta terça-feira soube-se que o primeiro-ministro chinês, Liu He, debateu pelo telefone com o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e o chefe negociador comercial, Robert Lighthizer, o roteiro a seguir nas próximas negociações.

O medo de que um confronto entre os dois países possa afetar as relações comerciais está a provocar o pessimismo nos mercados, que também estão a ser afetados pelo adiamento sine die da votação do “Brexit” no Parlamento do Reino Unido, que inicialmente estava prevista para esta terça-feira.

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A primeira-ministra britânica, Theresa May, admitiu na segunda-feira que estava condenada a uma ampla derrota na votação e por isso a adiou e regressará a Bruxelas para tentar reabrir a negociação com a Comissão Europeia.

Assim, na Europa mantêm-se as dúvidas sobre se o Reino Unido irá apoiar o acordo do “Brexit” alcançado com a União Europeia (UE), enquanto os investidores continuam muito pendentes das tensões em França devido aos protestos dos “coletes amarelos”.

Em Nova Iorque, a bolsa de Wall Street terminou na segunda-feira em alta ligeira, com o Dow Jones a subir 0,14% para 24.423,26 pontos, depois de ter subido no dia 3 de outubro, para 26.828,39 pontos, atual máximo desde que foi criado em 1896. Também na segunda-feira, o Nasdaq fechou a avançar 0,74% para 7.020,52 pontos, depois de ter subido até aos 8.109,69 pontos em 29 de agosto, atual máximo de sempre.

A nível cambial, o euro abriu em baixa no mercado de divisas de Frankfurt, a cotar-se a 1,1364 dólares, contra 1,1375 dólares na segunda-feira. O barril de petróleo Brent para entrega em fevereiro abriu esta terça-feira em baixa ligeira, a cotar-se a 59,99 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, menos 0,06% que na sessão anterior e depois de ter estado acima dos 85 dólares no início de outubro.