Vários ministros do Comércio de países de África reúnem-se esta quarta e quinta-feira na capital do Egito, Cairo, no âmbito da Feira de Negócios Inter-Africana, com a criação da Zona de Comércio Livre do continente na agenda.

A 7.ª Reunião dos Ministros Africanos do Comércio (AMOT) decorre à margem da Primeira Feira de Negócios Inter-Africana (IATF/2018) e depois da Sétima Reunião dos Altos Funcionários do Comércio (STO), que terminou na terça-feira.

Segundo uma nota distribuída à imprensa pelo Ministério do Comércio angolano, que participa no encontro, a Zona de Comércio Livre (ZCLC) é um dos principais assuntos agendados para a reunião entre os representantes africanos.

Em março, durante a Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, realizada na capital do Ruanda, Kigali, 44 dos 55 Estados-membros subscreveram um acordo para a criação da ZCLC.

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Na ótica da União Africana (UA), o comércio entre os países de África pode representar um crescimento de 60% e expandir o mercado a 1.200 milhões de pessoas, gerando riqueza para o continente e acelerando o investimento e crescimento do comércio.

A ZCLC é uma das principais iniciativas da UA para a sua Agenda 2063, que pretende a criação de um mercado continental único para bens e serviços, assim como o estabelecimento de uma livre circulação de pessoas e negócios.

A Zona de Comércio Livre está a ser negociada desde a cimeira da UA em Joanesburgo, África do Sul, realizada em junho de 2015.

Sob o lema “Transformando África”, a primeira Feira Comercial Intra-africana prevê reunir mais de mil expositores e receber 70 mil visitantes, com vista a dinamizar as trocas comerciais entre as empresas africanas, tendo em atenção a fraca interação e transação comercial entre os empresários africanos.

Segundo dados oficiais, as transações ou trocas comerciais entre os africanos está estimada em apenas 15%, contra 59% na Europa, 51% na Ásia e 37% na América do Norte, o que fragiliza a atividade empresarial em África e os mercados africanos.