O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, condenou esta quinta-feira os últimos acontecimentos violentos na Cisjordânia, criticando, quer os ataques, quer a dura resposta israelita.

Num comunicado divulgado pouco depois de um palestiniano ter matado dois israelitas perto de um colonato na Cisjordânia, Abbas acusa Israel de criar um “clima” que conduz à violência através de frequentes operações militares nas cidades palestinianas.

“A ausência de um horizonte de paz foi o que levou a esta série de violências, que condenamos e rejeitamos e pela qual ambos os lados pagam um preço”, adianta.

“A nossa política é rejeitar a violência, as incursões e o aterrorizar dos colonos”, indicou ainda Abbas no comunicado, apontando a “necessidade de se parar a incitação e de não se criar um ambiente que contribui para o agravamento da situação”.

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Dois israelitas foram quinta-feira mortos a tiro num ataque na Cisjordânia ocupada, algumas horas depois de as forças israelitas terem abatido dois palestinianos acusados de envolvimento em ataques que causaram a morte de três israelitas, incluindo um bebé.

Os serviços de socorro deram conta de que pelo menos duas outras pessoas ficaram feridas no ataque realizado nas proximidades de Ramallah e de um colonato israelita.

O exército indicou que o atacante fugiu e anunciou ter cercado Ramallah, sede da Autoridade Palestiniana, e enviado mais batalhões de infantaria para a Cisjordânia para “realizar operações defensivas e ofensivas”, segundo um porta-voz, o tenente-coronel Jonathan Conricus.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Leste vivem mais de 600.000 colonos israelitas e cerca de três milhões de palestinianos numa coexistência muitas vezes conflituosa. A colonização é ilegal face à lei internacional.