Uma espécie de quiosque montado no local do concerto, onde os fãs podem ver as melhores imagens dos ensaios, para que se sintam integrados. Parar para ver é quase inevitável e a cantora Taylor Swift aproveitou e fez o mesmo no dia 18 de maio, antes de um concerto que deu na Califórnia. Mas há uma diferença: este quiosque tinha escondido um sistema de reconhecimento facial que detetava cada pessoa que parava e olhava para as imagens. O objetivo: identificar se estava presente algum dos vários stalkers de Taylor Swift.

Segundo um artigo da revista Rolling Stone, as imagens captadas na arena eram, de seguida, enviadas para um “posto de comando” em Nashville, onde era feita a combinação dessas imagens com centenas de fotografias de stalkers conhecidos da cantora norte-americana, que esteve em digressão (“Reputation Stadium Tour”) até ao dia 21 de novembro.

As informações sobre este sistema de reconhecimento facial foram dadas por Mike Dowing, o chefe de segurança da empresa Oak View Group, que esteve no concerto. “Toda a gente que passou por lá acabava por parar e olhar e o software começava a funcionar”, explicou à Rolling Stone. No entanto, não se sabe se as imagens foram efetivamente guardadas ou se foram identificados alguns stalkers, nem o que lhes aconteceu, caso tenham sido identificados.

Por serem tipicamente localizações privadas, os recintos e arenas permitem que, mesmo após o controlo de segurança, os responsáveis pelo espaço possam sujeitar o público a qualquer tipo de vigilância que pretendam, incluindo o reconhecimento facial.

Apesar de não ser muito comum, não é a primeira vez que um sistema de reconhecimento facial é utilizado em eventos para procurar algum espectador menos desejado. Em abril deste ano, a polícia chinesa deteve um homem de 31 anos que era procurado pelas autoridades e que estava entre 60 mil pessoas num concerto. O suspeito também foi detetado através de um sistema de reconhecimento facial.

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