O presidente em exercício da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e chefe de Estado cabo-verdiano, defendeu esta sexta-feira que a grande prioridade do seu mandato será avançar na mobilidade para permitir a livre circulação de pessoas entre os nove países da organização.

“A grande aposta da nossa presidência é avançar significativamente no plano da mobilidade para atingir o objetivo da livre circulação de pessoas no espaço comunitário, porque só assim será uma comunidade de povos e cidadãos, mais do que uma comunidade de Estados”, disse Jorge Carlos Fonseca, Presidente de Cabo Verde.

Em declarações aos jornalistas à margem da participação no conjunto de iniciativas do Encontro Nacional da Juventude, para uma reflexão sobre os 70 Anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que contou com a presença de vários representantes da CPLP, esta sexta-feira no Estoril, Jorge Carlos Fonseca vincou que “falta fazer esse caminho todo”, exemplificando, no entanto, que já foram dados passos, como a isenção de vistos entre Angola e Cabo Verde ou os acordos semelhantes entre Moçambique e Angola.

“É preciso que isso seja feito de forma mais sistematizada e que pelo menos para certos segmentos, como os estudantes ou os agentes culturais e económicos, haja livre circulação em todo o espaço da CPLP, porque sem isto a cooperação económica e empresarial… como pode haver cooperação económica e empresarial se eles não podem circular livremente”, questionou o responsável.

Para os agentes culturais, a intenção de Jorge Carlos Fonseca é criar “um mercado único de bens de agentes culturais, um objetivo que é possível alcançar nestes dois anos de Presidência” de Cabo Verde da CPLP, que se prolonga até ao verão de 2020.

A CPLP é formada atualmente por Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial e Timor-Leste.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR