O primeiro modelo da Audi 100% eléctrico está prestes a começar a ser entregue aos clientes que já reservaram o SUV e-tron, que deveria começar a chegar aos concessionários ainda este ano, o que só vai acontecer em 2019, devido a imprevistos na produção. O modelo em causa é a resposta da Audi a propostas como o I-Pace, tendo a Jaguar conseguido antecipar-se aos premium alemães, embora tenha delegado a produção do seu crossover de luxo na austríaca Magna Steyr e tenha confidenciado ao Observador ter intenção de fabricar menos do que 20.000 unidades/ano. As ambições da Audi vão um pouco mais além, mas não muito.
Parece, no entanto, que o construtor de Ingolstadt pretende atrair um leque mais abrangente de clientes, disponibilizando várias versões do e-tron. A que está neste momento a ser fabricada em Ghent, na Bélgica, recorre a uma bateria de 95 kWh com células de bolsa, em vez das tradicionais células cilíndricas, tipo AA, com dois motores eléctricos (um à frente e outro atrás) a fornecerem um total de 360 cv que, tal como já aqui escrevemos, podem momentaneamente disparar para os 408 cv. Mas a Top Gear avança que a marca dos quatro anéis vai propor igualmente uma versão com bateria de menor capacidade, logo, a debitar menos potência. Mas, em contrapartida, a permitir um preço inferior.
Contudo, as maravilhas da propulsão eléctrica não ficam por aqui, já que esta propulsão se presta a uma configuração modular, ora limitando o numero de células que compõem o pack da bateria, ora modulando-a via software. Como tal, a par de uma versão mais baratinha, a Audi pretende também comercializar outra com mais ‘músculo’, por conta da montagem de um segundo um motor eléctrico no eixo traseiro, elevando a potência para 600 cv. Porém, nenhuma destas derivações do e-tron standard deverá ser realidade antes de 2020, o que significa que depois do e-tron ‘convencional’, a prioridade vai para o e-tron Sportback.