O sonho de qualquer jovem jogador é um dia atuar na Premier League e o de Diogo José Teixeira da Silva não era diferente. Formado no Gondomar e no P. Ferreira, foi na Capital do Móvel que se começou a destacar como sénior antes de um salto gigante para o Atl. Madrid. Nunca chegou a jogar pelos colchoneros mas teve a possibilidade de atuar na Liga dos Campeões e marcar em clássicos pelo FC Porto, antes chegar por empréstimo ao Wolverhampton quando estava ainda no segundo escalão inglês. Deu um passo atrás com a convicção de que seriam dois em frente, como se confirmou com a subida de divisão no final da última época e a passagem em definitivo para os ingleses. Cumprido esse objetivo, só faltava mesmo marcar pela primeira vez.

Titular desde o início da temporada num ataque tipo onde constava também o mexicano emprestado pelo Benfica Raúl Jiménez (na outra ala, Hélder Costa começou por ser dono do lugar mas passaram ainda por lá como opções Ivan Cavaleiro, Gibbs White ou Adama Traoré, entre outros), Diogo Jota marcava na Seleção Sub-21 que capitaneava mas continuava a passar ao lado desse outro momento marcante como o que tivera frente ao Everton, quando se estreou na Premier League. A equipa começou bem a prova, teve depois uma quebra e inverteu os maus resultados frente ao Chelsea… com golo do avançado português.

A noite de sonho de Diogo Jota acabou de vez com o pesadelo de Nuno (e passou-o para o Chelsea)

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Como a célebre frase de Fernando Gomes muitos anos mais tarde recuperada por Cristiano Ronaldo, foi como o ketchup: assim que saiu o primeiro, vieram mais. E depois desse 2-1 decisivo frente aos blues, Jota voltou a ser preponderante no triunfo dos Wolves em Newcastle, com mais um golo e a intervenção direta na decisão que chegou já nos descontos, quando rematou forte após jogada individual para defesa incompleta e recarga sem hipóteses de Doherty para o 2-1. Agora, na receção ao Bournemouth, o dianteiro que é um dos principais representantes na verdadeira armada portuguesa da formação comandada por Nuno Espírito Santo voltou a ser fulcral, ao fazer a assistência para o golo de Raúl Jiménez ainda no primeiro quarto de hora.

Ivan Cavaleiro fez 265 minutos em dez jogos da Premier League, levando já três golos na prova (Clive Mason/Getty Images)

No entanto, nem tudo foi perfeito e o jogador que marcou o primeiro golo na Premier League apenas ao 14.º jogo na competição acabou por sair lesionado, sendo substituído ao intervalo por Hélder Costa. Ainda não são conhecidas mais informações sobre a gravidade do problema na coxa, numa altura em que o Boxing Day se começa a aproximar, mas há um candidato ao seu lugar que começou a deixar marca já esta tarde: Ivan Cavaleiro, que realizou apenas o seu décimo jogo na presente época para o Campeonato, decidiu o encontro mesmo a fechar (2-0) e somou o terceiro golo com apenas 265 minutos jogados.

Quina apontou o primeiro golo na Premier League ao terceiro jogo, sendo o mais novo a marcar pelo Watford (Marc Atkins/Getty Images)

Também esta tarde, Domingos Quina fez história no Watford, tornando-se o mais novo de sempre a marcar pelo clube no principal escalão de futebol inglês e logo no terceiro encontro realizado na competição, no triunfo frente ao Cardiff por 3-2. Após ter começado o percurso futebolístico no Benfica, o internacional Sub-20 rumou ao Chelsea, mudou-se depois para o West Ham onde acabou a última fase antes da passagem aos seniores e assinou esta temporada pela equipa de Javi Gracia.

Antes, com Bernardo Silva como titular, o Manchester City recebeu e venceu o Everton de Marco Silva por 3-1, subindo assim à liderança provisória do Campeonato à espera do resultado do clássico entre Liverpool e Manchester United este domingo e reagindo da melhor forma à única derrota na competição, na última semana, em Stamford Bridge. Apesar de todas as dificuldades, o Tottenham venceu o Burnley por 1-0 com golo de Eriksen mesmo no final e manteve o terceiro lugar.