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O jogo de tripla marcado por uma dupla – e não foi a de Marega com Soares (a crónica do Santa Clara-FC Porto)

Este artigo tem mais de 5 anos

FC Porto sentiu dificuldades nos Açores com o Santa Clara mas Marega e Soares conseguiram a reviravolta para o FC Porto (2-1). Esta é a dupla de que se fala mas há outra que merece não passar ao lado.

Marega e Soares construíram os dois golos que deram mais uma vitória ao FC Porto na deslocação aos Açores
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Marega e Soares construíram os dois golos que deram mais uma vitória ao FC Porto na deslocação aos Açores

EDUARDO COSTA/LUSA

Marega e Soares construíram os dois golos que deram mais uma vitória ao FC Porto na deslocação aos Açores

EDUARDO COSTA/LUSA

No aquecimento, e mesmo quando estava de costas para as objetivas, Iker Casillas continuava a fazer aquelas defesas que alguns guarda-redes tanto gostam naquelas bolas que vão fáceis mas merecem um toquezinho artístico em forma de grande voo para ficar bem na fotografia. Do ataque à baliza, pensar no FC Porto que perdeu pela segunda vez no Campeonato no início de outubro na Luz frente ao Benfica é comparar o incomparável mesmo que muitos dos nomes em causa sejam iguais. Porque depois da primeira vitória a seguir a essa paragem para compromissos das seleções veio a segunda, e a seguir a terceira, e uns dias depois a quarta. Cinco, seis, sete, oito, nove, dez, 11, 12 agora na Turquia. Não há nada como trabalhar com resultados, permite uma confiança tal que tudo parece possível. Incluindo uma assistência do espanhol para Marega que quase deu golo.

FC Porto vence Santa Clara e volta a isolar-se na liderança com golos de Soares e Marega

Os primeiros dez minutos do FC Porto neste regresso aos Açores para defrontar o Santa Clara foram avassaladores e por pouco não trouxeram logo o primeiro golo ao encontro. De bola parada ou de bola corrida, havia uma espécie de cerco à baliza de Marco. A fazer lembrar os melhores momentos dos azuis e brancos ao longo da última época, que por sua vez tinham um condão – essa vantagem podia demorar mais ou menos mas acabava por aparecer, até pelo desgaste que a equipa conseguia criar ao longo do tempo no adversário. No entanto, esse cenário não se repetiu. Longe disso. Os dragões somaram mesmo a 13.ª vitória consecutiva, igualando o feito de António Oliveira em 1996/97, mas nunca conseguiram “fechar” o jogo após o 2-1 aos 56′.

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Ficha de jogo

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Santa Clara-FC Porto, 1-2

13.ª jornada da Primeira Liga

Estádio de São Miguel, nos Açores

Árbitro: Luís Godinho (AF Évora)

Santa Clara: Marco (Serginho, 32′); Patrick, César, Fábio Cardoso, Mamadu; Osmar Rashid, Chrien (Kaio, 70′), Anderson Carvalho (Ukra, 77′), Bruno Lamas; Zé Manuel e Fernando

Suplentes não utilizados: Rui Silva, Accioly, Pacheco e Clemente

Treinador: João Henriques

FC Porto: Casillas; Corona, Felipe, Éder Militão, Alex Telles; Danilo Pereira, Óliver Torres (Otávio, 46′), Herrera; Marega, Brahimi (Maxi Pereira, 87′) e Soares (Sérgio Oliveira, 83′)

Suplentes não utilizados: Vaná, Mbemba, Adrián López e Hernâni

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: Zé Manuel (38′), Soares (45+1′) e Marega (56′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Anderson Carvalho (54′), Herrera (71′), Soares (73′) e Alex Telles (86′)

Entre os destaques naturais de quem ganha, há uma dupla que também com toda a naturalidade vai merecer o destaque nas primeiras páginas de amanhã: Marega e Soares. O maliano marcou um golo e fez uma assistência, o brasileiro marcou um golo e originou o 2-1. Por eles, o triunfo acabou por tornar-se natural. Mas há uma outra dupla que merece destaque esta noite, até pela exibição menos conseguida por Corona como lateral, por alguma permeabilidade de Alex Telles que também não costuma ser normal e pelas dificuldades que Danilo sentiu no setor recuado do meio-campo: Felipe e Éder Militão. O primeiro foi o jogador com mais interceções e muitas vezes teve de ir limpar as costas no mexicano no lado direito, o segundo foi o jogador com mais ações defensivas conseguidas. Não marcaram, a sua equipa até consentiu mais oportunidades do que é habitual, mas foram preponderantes na sombra para segurarem o triunfo. Um triunfo que, mais uma vez, vale liderança isolada.

Logo aos quatro minutos, e no primeiro pontapé de canto favorável ao FC Porto, o aniversariante Alex Telles quis distribuir por toda a gente a festa, cruzando em arco para um primeiro desvio ao primeiro poste e um “penálti” na pequena área para Marega que permitiu a defesa de Marco antes de Soares fazer falta sobre Mamadu; pouco depois, foi o tal lance em que Casillas agarrou um cruzamento fácil, bateu forte na frente a explorar a velocidade do maliano mas o remate cruzado acabou por ser de novo travado pelo guarda-redes açoriano, que ganhou desde logo o destaque como figura do jogo nesse período (10′). Se por um lado as dinâmicas ofensivas dos azuis e brancos deixavam os visitados quase encostados às cordas, também a pressão alta na reação à perda de bola condicionava por completo as tentativas de transição do Santa Clara. Resultados práticos? Zero.

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do Santa Clara-FC Porto em vídeo]

Apesar de ter estado afastado alguns anos dos principais palcos, o conjunto de João Henriques tem futebol e, com o baixar da ansiedade que marcou a entrada trémula, começou a soltar-se e a fazer prevalecer a superioridade numérica que conseguia na zona do meio-campo. Foi por aí, no corredor central, que conseguiu criar a melhor oportunidade no primeiro tempo, quando Bruno Lamas (grande exibição do canhoto, que é bom de bola) lançou o lateral Patrick no movimento vertical mas o remate quando Casillas já estava fora da baliza acabou por ser cortado perto da linha por Éder Militão (26′); logo a seguir, Soares ainda marcou mas o lance foi anulado por fora de jogo. O jogo começava a partir da forma que ambos queriam.

A lesão do guarda-redes Marco no joelho, que obrigou a uma paragem de alguns minutos pela posição específica que ocupa, fez com que o ritmo diminuísse à entrada no último quarto de hora do intervalo mas esse acabaria por ser apenas um recarregar de baterias para um final frenético dos 45 minutos iniciais: no seguimento de uma grande jogada de envolvimento pela direita que passou por Patrick, Chrien ganhou espaço junto à linha e cruzou de forma milimétrica para o coração da área onde Zé Manuel, que não tocou na bola nos primeiros 25 minutos e tinha apenas um passe, fazer de cabeça o 1-0 (38′); no início dos descontos, Serginho ainda evitou o remate à entrada da área de Óliver Torres mas, na insistência, Marega cruzou na área ao segundo poste e Soares encostou de cabeça para o empate (45+1′).

Com o FC Porto a acabar por cima, tudo apontava para que Sérgio Conceição esperasse pelo que se poderia passar nos minutos iniciais da segunda parte para depois mexer na equipa; ao invés, o técnico quis arriscar logo de início e trocou Otávio por Óliver Torres, assumindo um meio-campo a duas unidades no corredor central (Danilo e Herrera) e dois alas que pudessem fechar por dentro sem bola e abrissem nos flancos ou procurassem diagonais com posse. Ao contrário do que se passou em jogos recentes, o efeito não foi imediato mas nem por isso os dragões deixaram de chegar à reviravolta num lance que levantou alguns protestos (e visionamento do VAR): Soares ganhou a Patrick após lançamento longo, conduziu até ao remate à entrada da área, Serginho defendeu para o lado e Marega, de forma repentina e descaído na direita, encostou para o 2-1 (56′).

Fosse pela boa reação de Santa Clara, fosse por uma menor frescura física do FC Porto que levou por inerência a uma menor capacidade de gerir a vantagem, quando se esperava que o conjunto azul e branco assumisse o encontro e pudesse “matar” o encontro perante uma natural subida posicional do adversário, as oportunidades repartiram-se e a fronteira entre o empate e o 3-1 foi-se mostrando bastante ténue: Casillas defendeu para canto um remate de Fernando à queima roupa na área num lance que até começou num lançamento lateral (60′); Brahimi teve uma jogada à Brahimi a serpentear adversários até ver o remate ser bem travado por Serginho (63′); Bruno Lamas quase surpreendeu na sequência de um livre lateral que foi direto à baliza (68′). Houve mais cruzamentos, mais aproximações, mais bolas onde falhou o último passe mas o resultado manteve-se.

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