O Governo moçambicano assinou esta segunda-feira com a empresa francesa Neoen um acordo para construção de uma central elétrica solar no norte do país capaz de servir 150 mil pessoas, anunciaram em cerimónia oficial.

O investimento ronda 50 milhões de euros e vai ser instalado em Metoro, província de Cabo Delgado, esperando-se que as obras arranquem no segundo semestre de 2019, referiu Max Tonela, ministro dos Recursos Minerais e Energia.

“O Governo moçambicano considera este projeto como prioritário”, garantindo maior “segurança e fiabilidade no fornecimento de energia ao país”, destacou o governante, sublinhando que, a par deste objetivo, “durante a fase de construção o projeto irá criar 380 empregos”. Cyril Perrin, diretor da Neoen em Moçambique, destacou pela positiva o trabalho desenvolvido com o Governo e comunidades locais desde 2015.

Prevê-se que a central tenha uma produção de energia de 69 GWh, a fornecer à empresa pública Eletricidade de Moçambique (EDM) a partir do primeiro trimestre de 2010. Trata-se do equivalente ao consumo de 150 mil pessoas e a 75% das necessidades de Pemba, capital provincial, esperando-se que contribua para o aumento da eletrificação rural, atendendo à procura crescente de energia na região norte.

A central vai ainda dar apoio às minas de grafite de Ancuabe e Balama e ao projeto de extração de areias pesadas de Moma. O empreendimento vai ocupar uma área de 70 hectares, onde vão ser instalados diversos equipamentos, entre os quais os módulos fotovoltaicos que vão captar a luz solar. De acordo com informação da Neoen, o financiamento do projeto é prestado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), sendo que a empresa vai deter 75% da central e a EDM os restantes 25%.

O contrato assinado esta segunda-feira prevê uma concessão do Estado à nova sociedade por 30 anos. Ainda segundo a empresa, o projeto poderá injetar 52 mil euros por ano na economia local e em iniciativas sociais.

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