A decisão do Kosovo de ter um exército “é irreversível”, sublinhou esta segunda-feira o Presidente kosovar, Hashim Thaçi, antes de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU exigida pela Sérvia, furiosa com a iniciativa de Pristina.

“Independentemente do que pode resultar das discussões (no Conselho de Segurança), o exército do Kosovo faz parte de um processo irreversível. O direito das instituições do Kosovo de criarem um exército é histórico, justo e conforme à vontade do povo kosovar” com todas as suas comunidades, declarou Thaçi à imprensa pouco antes da sua partida para Nova Iorque.

O parlamento kosovar aprovou na sexta-feira a criação de um exército no país, decisão criticada pela maioria dos países europeus e que está a aumentar a tensão com a minoria sérvia e Belgrado, que não reconhece a independência da sua antiga província.

A Rússia, aliada da Sérvia, já exigiu a dissolução daquele exército.

Rússia exige dissolução do exército do Kosovo aprovado no parlamento de Pristina

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A pedido da Sérvia, o Conselho de Segurança deve discutir esta segunda-feira o assunto, na sua segunda reunião sobre o tema, após a que se realizou na sexta-feira à porta fechada.

Belgrado considera que a criação de um exército do Kosovo viola uma resolução das Nações Unidas aprovada no final da guerra de 1998-99 entre as forças sérvias e os independentistas kosovares albaneses, que incluiu a intervenção da NATO contra a Sérvia.

A Aliança Atlântica e a União Europeia também criticaram a iniciativa kosovar, considerando que é precipitada e que não tem o apoio dos sérvios do Kosovo, cujos deputados boicotaram a votação no parlamento.