Novembro parece ser um mês mágico para a Renault, que comercializou 6.453 unidades eléctricas alimentadas por bateria. A evolução de vendas, na casa dos 152% face ao período homólogo do ano anterior, fala por si, mas o incremento em 1.300 unidades face ao recorde anterior, estabelecido em Março deste ano, confirma de forma ainda mais evidente o aumento das vendas desta classe de modelos.

Excluindo o pequeno Twizy, cuja homologação não é de veículo automóvel, a Renault transaccionou 37 unidades Master Z.E., 1.046 Kangoo Z.E. e 5.370 de Zoe, de longe o best-seller da companhia. Isto revela não só que o modelo – que está a cerca de um ano de conhecer o seu substituto – continua a vender como nunca, pois também ele bateu o recorde, como a apetência do mercado por este tipo de veículos continua a aumentar a bom ritmo.

Se os modelos comerciais deram o seu contributo, a verdade é que as vendas da Renault nos eléctricos continuam a depender esmagadoramente do Zoe. De recordar que o modelo passou por momentos menos bons, sendo ultrapassado pelo seu “primo” Nissan Leaf, sobretudo porque a marca francesa não estava preparada para o necessário incremento de produção, especialmente para fazer frente ao aumento da procura verificado desde o início de 2018.

Limitada primeiro pela disponibilidade de motores e depois pela falta de baterias, a Renault parece finalmente estar no bom caminho para satisfazer a procura ou, pelo menos, para não estar tão longe das reais necessidades do mercado. Com uma média de 220 Zoe por dia, os franceses têm tentado atingir uma produção diária de 440 unidades, o que só deverão conseguir com a introdução da nova geração, com plataforma nova, novas baterias e com maior capacidade. Até lá, qualquer coisa na casa dos 250 Zoe por dia já chega para animar as hostes. E regressar ao estatuto do eléctrico mais vendido na Europa.

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