A Ordem dos Enfermeiros apela a um “entendimento urgente entre Governo e Sindicatos” para cessar a ‘greve cirúrgica’ que decorre desde 22 de novembro, avançou em comunicado enviado às redações. A entidade revela ainda que, devido a esta greve, foram adiadas “mais de sete mil cirurgias”. O número corresponde à estimativa do impacto da greve,  revelada ao Observador a 13 de dezembro.

Greve dos enfermeiros. Planeada de forma cirúrgica para ser tremendamente eficaz

A Ordem dos Enfermeiros afirmou que os profissionais de saúde estão, não só a respeitar “escrupulosamente”, como a trabalhar “além” dos serviços mínimos decretados nos cinco centros hospitalares afetados pelo protesto. Trata-se do Centro Hospitalar São João (Porto), Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar e Universitário do Porto e Centro Hospitalar de Setúbal e Centro Hospitalar Lisboa Norte.

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A entidade liderada Ana Rita Cavaco, apela ainda ao governo que chegue a “um entendimento urgente com os Sindicatos” afirmando que mais cirurgias podem ser adiadas e isso pode gerar “o caos no SNS”. A Ordem dos Enfermeiros reúne-se com a Ministra da Saúde esta quarta-feira.

O Ministério da Saúde afirma em comunicado que convidou os sindicatos dos enfermeiros para uma reunião conjunta esta sexta-feira e que está “empenhado em discutir com os profissionais de enfermagem”. Os objetivos da reunião são “desenvolver uma reflexão conjunta sobre o atual quadro na área da saúde e, em especial da enfermagem e do desenvolvimento da profissão”. A reunião é promovida à margem de negociações com sindicatos para evitar mais greves e a continuação da que está em curso.

Federação de enfermeiros cancela greve