Os preços do petróleo estão a derrapar mais de 4% em Nova Iorque esta terça-feira, para os valores mais baixos desde setembro de 2017, com sinais de excesso de oferta nos mercados internacionais a penalizar o valor do petróleo apesar do compromisso da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e da Rússia para reduzir a produção.

Os contratos futuros de petróleo negociados da Nymex fecharam abaixo dos 50 dólares por barril na segunda-feira, mas esta terça-feira a tendência continua a ser de “queda livre”, nas palavras de um analista do Commerzbank especializado em matérias-primas, Carsten Fritsch, citado pelo Financial Times. O contrato fixou mínimo da sessão nos 48,37 dólares.

Em Londres, o barril de petróleo Brent também está a cair pela terceira sessão consecutiva, chegando aos 57,20 dólares por barril esta manhã de terça-feira. O mercado está a reagir às expectativas de uma procura petrolífera mais reduzida a nível global, relacionada com vários fatores como o abrandamento do crescimento global e os receios de políticas protecionistas em alguns dos principais blocos económicos.

Os países da OPEP, em conjunto com a Rússia — o grupo agora conhecido como OPEP+ — decidiram avançar com novos cortes de produção mas “o efeito de suporte nos preços já se evaporou por completo”. A agravar o sentimento no mercado estão as indicações de que a produção de petróleo a partir do xisto betuminoso, nos EUA, estará a contribuir ainda mais do que se pensava para o desequilíbrio entre procura e oferta neste setor.

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“Não há qualquer sinal visível de que poderá registar-se um aperto no mercado petrolífero”, comenta outro analista, Warren Patterson, do ING, citado pela Bloomberg.

OPEP critica recusa dos Estados Unidos por permitir aumento da produção de petróleo