A sentença de Michael Flynn, antigo conselheiro para a Segurança Nacional acusado de manter contactos com o governo russo, já não vai ser conhecida esta terça-feira. A leitura estava marcada para hoje, mas o juiz federal Emmet G. Sullivan decidiu dar a Flynn mais uma hipótese de colaborar com a investigação. Enquanto o acordo de cooperação não for completado, o ex-membro do governo de Donald Trump não conhecerá a sua pena.

Isso não significa, contudo, que Michael consiga escapar à prisão, alertou o juiz. “É indiscutível que vendeu o nosso país”, disse Sullivan durante a sessão desta terça-feira, citado pelo The New York Times.

O juiz federal acusou Flynn de ter cometido uma “ofensa muito séria”, admitindo sentir-se “repugnado” para com os atos do ex-conselheiro para a Segurança Nacional dos Estados Unidos da América. “Foi durante este tempo todo um agente não registado de um país estrangeiro que servia como conselheiro para a Segurança Nacional. É indiscutível que isso mina tudo o que esta bandeira representa”, afirmou Emmet G. Sullivan, apontando para o símbolo dos Estados Unidos.

Procurador especial dos EUA não pede pena de prisão ao ex-assessor Michael Flynn

Michael Flynn manteve contactos com Sergey Kislyak, então embaixador da Rússia nos Estados Unidos, enquanto o governo de Barack Obama discutia que sanções aplicar ao Kremlin em resposta a alegadas interferências eleitorais e depois de Trump ter sido eleito. Flynn foi ouvido pelo FBI, mas negou ter falado com algum representante do governo russo em nome do atual presidente norte-americano. O caso levou à sua demissão, em fevereiro de 2017.

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