O antigo presidente da SATA Luís Parreirão, que esteve ano e meio na liderança da empresa, sustentou esta quarta-feira que a transportadora não tinha capital “para se deixar iludir”, daí que tenha pretendido, na sua gestão, reduzir custos e rotas.

Falando no parlamento dos Açores, em audição na comissão de inquérito ao setor público da região, Parreirão sublinhou que o grupo SATA tinha desequilíbrios “financeiros, económicos e operacionais”, e o plano que pretendeu implementar na SATA “previa uma companhia aérea mais pequena”.

O gestor foi presidente da transportadora açoriana entre maio de 2014 e novembro de 2015.

No que refere à SATA Internacional, que evoluiu para Azores Airlines, Luís Parreirão pretendeu um “foco exclusivo” nas operações no Atlântico Norte, com uma “redução muito significativa da estrutura” da empresa, nomeadamente com redução dos custos operacionais e referentes a tripulações.

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“A SATA não tinha mais capital para se deixar iludir”, assinalou o gestor.

Luís Parreirão, que foi secretário de Estado das Obras Públicas de um Governo socialista de António Guterres, assumiu a presidência do Conselho de Administração da SATA em maio de 2014, tendo sido durante a sua gestão que a transportadora aérea escolheu os novos aviões de longo curso, os A330.

Na altura, o Governo Regional justificou a escolha com o facto de Luís Parreirão ter “uma vasta experiência no setor público na área da Administração Pública e, no setor privado, na área da gestão de empresas, tendo assumido diversos cargos nas respetivas administrações, incluindo presidente e CEO”.