Se a Seat desenvolveu o Leon que serviu de base para o World Touring Car Championship (WTCC), a Cupra vai fazer o mesmo em relação ao de e-TRC, o campeonato do mundo de carros eléctricos de turismo. E o e-Racer é o modelo que vai ser usado por todos os participantes, um pouco à semelhança do que aconteceu com a Fórmula E.

A base do Cupra e-Racer é um Seat Leon do WTCC, mas desprovido de mecânica a combustão, montando em seu lugar os motores eléctricos, bem como a bateria para alimentá-los. Segundo a Cupra, o e-Racer integra quatro motores eléctricos no eixo traseiro, que juntos fornecem 680 cv, longe pois dos cerca de 400 cv debitados pelos melhores carros do WTCC. Ao contrário do que acontece nos veículos eléctricos modernos, com mais de um motor, que tendem a ser distribuídos pelos dois eixos, para optimizar a tracção, o e-Racer faz questão de manter a tracção exclusivamente traseira, maximizando o gozo e o espectáculo.

A alimentar os motores eléctricos estão 450 kg de baterias, com o pack a ser composto por 6.072 células, divididas por 23 módulos. É isto que permite ao Cupra atingir 270 km/h e passar pelos 100 km/h ao fim de apenas 3,2 segundos.

Porém, a gestão de energia é mais complicada do que parece, uma vez que, com cargas muito rápidas ou acelerações muito fortes, a bateria tende a aquecer, a ponto de obrigar o Cupra a reduzir a potência para evitar degradações excessivas ou incêndios. Isto apesar de o e-Racer estar equipado com três circuitos de refrigeração independentes, em que o da bateria permite temperaturas até 60ºC, os inversores de corrente 90ºC e os motores 120ºC.

Os testes em pista continuam, com a Cupra a ter um veículo cada vez mais veloz e eficaz, tentando sempre ir mais longe em matéria de potência e consistência, para que tudo esteja pronto antes do final de 2019, antes do arranque em pleno da época de 2020.

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