O presidente da Câmara de Faro alertou este domingo para as “alegadas deficiências” do serviço de Ginecologia e obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) durante as festas natalícias, por falta de profissionais que podem levar ao encerramento.

O alerta foi feito num email dirigido à ministra da Saúde, Marta Temido, divulgado pelo município de Faro, no qual o autarca, Rogério Bacalhau, mostrou a sua preocupação por a única unidade neonatal diferenciada existente no Algarve, no hospital de Faro, “estar a funcionar com um ou sem nenhum elemento escalado, quando deveriam estar quatro” em cada turno.

“A verdade é que, a escassos dois dias do Natal, subsistem assuntos críticos neste serviço, que nos parecem fazer perigar a tranquilidade das comunidades, num período festivo e também de previsível maior afluência aos serviços hospitalares”, disse Rogério Bacalhau na comunicação à governante.

O presidente da autarquia, sede do distrito de Faro, refere que este “constrangimento grave na escala de Urgência para a presente época festiva” foi reportado por profissionais do serviço de obstetrícia do CHUA, que já tem “um quadro médico envelhecido”, é “tido como carenciado” e “apenas consegue assegurar menos de 40% dos turnos de Serviço de Urgência”, sinalizou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Necessita também de uma “renovação urgente do quadro com, pelo menos, 10 assistentes hospitalares”, acrescentou Rogério Bacalhau, que disse “temer pelo funcionamento” da unidade e “pela capacidade de resposta atual deste serviço, tão importante para a comunidade”.

O presidente da Câmara algarvia pediu ainda à governante uma “tomada de posição urgente e contundente” para resolver esta questão, numa unidade que presta também “cuidados diferenciados nas áreas de diagnóstico pré-natal, patologia cervical, senologia e Ginecologia oncológica” e faz 2.400 partos por ano.

O presidente da autarquia considerou que este serviço “não pode falhar em momento algum, menos ainda neste período em que a afluência de utentes aos cuidados de saúde é previsivelmente superior”, e pede a intervenção da ministra para resolver a situação, “em face das inquietantes informações” que dão conta de uma “gritante falta de pessoal médico”, pode ainda ler-se no comunicado.