Hoje ninguém contesta que o número de acidentes – ou a sua gravidade – varia directamente com a velocidade a que os veículos se deslocam. E os condutores não são mais cumpridores devido à sua nacionalidade, religião, sexo ou nível de vida: o que os faz circular mais devagar (ou depressa) é a pressão do controlo de velocidade. Isto é, o número de radares e polícias dedicados à fiscalização e a ‘dureza’ das multas em que incorrem os prevaricadores.

A Holanda tem um sistema convencional de controlo de velocidade. Daí que exista uma série de condutores que, regularmente, contribuem para os cofres do Estado. Porém, recentemente, o número e o tipo de coimas sofreu algumas alterações. Segundo reportou a Dutch News, 66% dos condutores de veículos eléctricos foram autuados por excesso de velocidade, uma brutalidade face aos 28% dos condutores de carros com motores a gasolina e 46% a gasóleo.

Mas o mais preocupante é que do “clube dos condutores multados por andarem a acelerar mais do que deviam”, fazem parte 75% dos proprietários de Tesla. Quer isto dizer que dos 9.000 condutores dos Model S e X desse país, ¾ foram multados por excesso de velocidade.

Significa isto que os utilizadores de modelos eléctricos abusam mais do que a média mas, entre estes, são os que circulam em Tesla que se colocam mais ‘a jeito’ para integrar o grupo que partilha as 5,8 milhões de multas que a polícia local emite por ano. Como, ao que julgamos saber, os Tesla que se vendem na Holanda estão equipados exactamente com o mesmo velocímetro que os carros eléctricos americanos utilizam nos restantes mercados, a culpa só pode ser dos condutores locais.

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