Quase 20 explorações de suínos do interior da China suspenderam o abastecimento para Hong Kong e Macau, à medida que continua a alastrar-se o surto de peste suína africana, classificado de “muito grave” pelo Governo. Desde agosto, foram já registados pelo menos 92 surtos em 23 províncias ou regiões, que levaram já ao abate de 630 mil porcos, segundo a agência estatal China News Service, citada esta quarta-feira pelo jornal South China Morning Post.

A doença afeta porcos e javalis, mas não é transmissível aos seres humanos. No entanto, coloca em risco o mercado chinês, que produz anualmente 700 milhões de porcos. A carne daquele animal é parte essencial da cozinha chinesa, compondo 60% do total do consumo de proteína animal no país.

Na terça-feira, dia de Natal, a Administração Geral das Alfândegas revelou que 18 das 154 explorações agrícolas do continente que fornecem suínos a Hong Kong e Macau deixaram de enviar estes animais através da fronteira, segundo o South China Morning Post.

Na província chinesa de Guangdong, vizinha das duas regiões administrativas especiais, quatro das 17 explorações de suínos já suspenderam o fornecimento para os territórios. Cerca de 3.500 a quatro mil porcos vivos são fornecidos do continente para Hong Kong diariamente, mas não há ainda registo de surtos naquela região, ou em Macau.

No entanto, as autoridades locais estão a intensificar as medidas preventivas, por exemplo, proibindo os agricultores de alimentar os porcos com restos de origem animal e melhorando a higiene nas produções agrícolas.

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