Nota – Atualizado às 9h32 com novos dados sobre o número de feridos

Uma explosão à entrada da igreja ortodoxa de São Dionísio, em Atenas, na Grécia, às 7h locais (5h em Portugal continental), provocou ferimentos “nas mãos e na cara” a um polícia e deixou um civil ferido, relata a agência de notícias Reuters. Ainda ninguém reivindicou a autoria do que se presume ter sido um atentado, que ocorreu antes do começo de uma liturgia matinal.

O civil ferido será um funcionário que zelaria pela segurança da igreja, avançou a televisão estatal grega. Quer o civil quer o polícia terão sido hospitalizados, mas nenhum dos ferimentos ameaçará a vida das vítimas. Testemunhas citadas pela televisão grega referem que o funcionário da igreja terá chamado a polícia depois de ver um pacote suspeito. Terá sido ainda encontrado no local uma espécie de bomba relógio. A polícia grega ainda não sabe se o pacote terá sido detonado por controlo remoto (à distância) ou se a hora da detonação estava já prevista.

Ao início da manhã, a agência de notícias apontava para a existência de apenas um ferido, citando uma fonte policial que não quis ser identificada e que disse que “um agente da polícia reparou numa caixa que estava à entrada da igreja e achou estranho. A explosão não foi poderosa, o agente ficou magoado na cara e nas mãos”.

A igreja ortodoxa de São Dionísio está localizada no centro de Atenas, perto de um bairro onde os confrontos entre polícia e anarquistas são regulares. Segundo a polícia grega, as autoridades não receberam qualquer aviso de que algum dispositivo pudesse vir a ser detonado naquele local (isto é, não foi recebida qualquer ameaça de bomba). As autoridades estão agora a ver as filmagens das câmaras de segurança daquela zona.

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Por que é que fazem este ataque num momento em que as pessoas se preparavam para se juntar na igreja? Porque é que estão a atacar o amor de Cristo, o que é que estão a tentar dizer?”, questionou-se um padre da igreja, ouvido pelos repórteres gregos e citado pela Reuters.

No início deste mês, registou-se uma outra explosão, mais forte, em frente aos estúdios da televisão grega SKAI, também em Atenas, que originou vidros partidos. A polícia chamou a esse ataque, que não provocou feridos, um “ataque à democracia”. Na mesma cidade e também este mês decorreram ainda motins violentos, que assinalaram os dez anos da morte de um estudante grego de 15 anos, Alexandros Grigoropoulos, por dois polícias do país.