Entre Outubro de 2014 e Junho de 2017, Vanessa Vence-Small roubou a empresa onde trabalhava, a Continental BMW, concessionário da marca em Darien, no Connecticut, em cerca de 1,1 milhões de dólares. A quantia foi desviada em 65 operações não autorizadas e 28 cheques levantados da conta do concessionário. Os americanos donos do estabelecimento apresentaram queixa e agora o juiz Jeffrey Alker Meyer, em New Haven, decidiu premiar a “graça” com 30 meses de cadeia.

Em condições normais, Vanessa deveria ser condenada a entre 33 e 44 meses de prisão, mas o juiz diz existirem algumas atenuantes. A nova-iorquina investiu uma parte considerável do desfalque nela própria, mais especificamente nos lábios, na face e no peito, ou seja, em operações estéticas. Mas não só, uma vez que também pagou com o dinheiro do concessionário férias na Austrália, Havai, México e Jamaica, além de obras de remodelação da sua habitação.

Mas, eventualmente, o que mais custou aos norte-americanos donos da concessão da BMW foi o facto de Vanessa, apesar de ter direito a um carro de serviço da marca alemã, ter optado por adquirir um Ford Mustang com o produto do roubo, pelo qual pagou 50.000$.

O tribunal ordenou a Vanessa que devolvesse à concessão a quantia que surripiou (904.659$ em transferências, 207.777$ em cheques e 31.452$ da caixa), mas até agora a funcionária que realizou um facelift nela própria só pagou 200.000$, incluindo 28 mil dólares que deram pelo Mustang usado. Como o seguro apenas suportou 755.000$, ainda falta recuperar algum do produto do roubo.

Questionada sobre as respostas que Vanessa dava quando lhe faziam perguntas sobre o dinheiro que desaparecia, Paula Callari, a responsável pela concessão, afirmou que a agora prisioneira apenas lhe respondia: “não se preocupe que em breve as coisas vão melhorar”. Mal sabia a directora da concessão que por “coisas”, ela se referia às partes do seu corpo já “revistas” pelo cirurgião plástico…

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