A polícia britânica está a investigar o ataque da noite desta segunda-feira em Manchester como um ato terrorista. Na noite da passagem de ano, três pessoas foram esfaqueadas, na estação de metro de Victoria. Desde cedo que o caso estava referenciado como “crítico”e que a hipótese de terrorismo esteve em cima da mesa. Segundo o que o jornal The Guardian noticiou esta manhã, esta era a principal linha seguida pela investigação, que é composta por vários agentes da divisão de Contraterrorismo da polícia britânica.

A informação foi entretanto confirmada pela própria polícia britânica. “Estamos a abordar isto como uma investigação terrorista”, afirmou o chefe da polícia de Manchester, Ian Hopkins, que pediu ainda a colaboração das pessoas que possam ter imagens ou outros detalhes do ataque.

O suspeito, esse, já foi detido pelas autoridades. De acordo com o mesmo jornal, antes de esfaquear as vítimas, terá gritado algumas palavras em árabe e terá dito aos agentes que o detiveram que enquanto o Reino Unido continuar a colaborar com bombardeamentos internacionais “estas coisas vão continuar a acontecer”. Sabe-se que o suspeito tem 25 anos mas a sua identidade ainda não foi revelada.

As três pessoas atacadas são: uma mulher de 50 anos que ficou atingida na cara e na barriga, um homem que ficou ferido na zona do abdómen e um agente da polícia que  foi atacado no ombro. Este último, informaram as autoridades do Reino Unido, já deixou o hospital.

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Esta manhã, a estação continuava encerrada e com algum aparato policial em  redor. A reabertura está prevista para breve e as autoridades já fez saber que mesmo depois de as portas voltarem a ficar abertas os agentes continuarão pelo local. “Irão ver mais polícias a entrar e a sair da estação ao longo do dia mas isso não significa que o nível da ameaça tenha aumentado. Sigam as instruções dos agentes no terreno”, pediu a polícia numa mensagem dirigida às pessoas que precisem de usar a estação de Victoria.

Recorde-se que já em 2017 a cidade de Manchester tinha sido palco de um ataque terrorista. Depois de um concerto da cantora pop Ariana Grande, um homem fez-se explodir entre a multidão presente no Manchester Arena, causando a morte de 22 pessoas e provocando ferimentos em outras 60.

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