A bolsa nova-iorquina começou o ano em alta, graças à recuperação dos preços do petróleo, depois de os índices terem começado as transações em baixa no seguimento de notícias negativas sobre o crescimento económico na China.

Os resultados definitivos indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,08%, para os 23.346,24 pontos.

O tecnológico Nasdaq avançou 0,46%, para as 6.665,94 unidades, e o alargado S&P500 progrediu 0,13%, para as 2.510,03.

Depois de uma abertura em forte baixa, “os mercados recuperaram graças à subida das cotações do petróleo”, observou Quincy Krosby, da Prudential Financial.

Na origem da subida de mais de 2% da cotação do barril de petróleo cotado em Nova Iorque esteve a informação reunida pela agência Bloomberg, que mostrou que a Arábia Saudita tinha reduzido em dezembro as exportações, em cerca de 500 mil barris diários, designadamente as destinadas aos EUA e à China. Estes números sugerem que o Arábia Saudita está disposta a fazer esforços para reduzir a oferta de petróleo no mercado mundial.

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A notícia veio dar ânimo aos investidores no mercado acionista e no da energia, depois de terem sido abalados pelas estatísticas chinesas que evidenciaram uma degradação da produção industrial no final de 2018.

Estas estatísticas “credibilizaram um pouco mais a ideia de que a economia chinesa está a perder velocidade”, observou Krosby.

Além de Wall Street, este indicador chinês “enviou as praças bolsistas mundiais para o tapete” da Ásia à Europa, observou Peter Cardillo, da Spartan Capital. A China foi o motor da economia mundial durante anos.

Os investidores também estiveram hoje a acompanhar os desenvolvimentos na frente política, com o encerramento parcial do governo federal norte-americano, o designado ‘shutdown’, a afetar o país desde 22 de dezembro, devido ao desacordo sobre o financiamento de um muro na fronteira com o México.

Donald Trump tornou hoje a mostrar-se inflexível sobre o muro, garantindo que o encerramento do Governo iria durar o tempo que fosse preciso.

Disse ainda que a queda dos índices bolsistas no final do ano se devia a um “disfuncionamento” e que Wall Street evoluiria muito melhor depois de se assinar um acordo comercial com a China.

RN // JLG

Lusa/fim