O Auditório de Espinho anunciou esta sexta-feira que, até final de março, passarão por essa sala o trompetista italiano Enrico Rava, o vibrafonista Eduardo Cardinho, as cantoras norte-americanas Laura Gibson e Josephine Foster, e o festival Mar-Marionetas.

Essas são apenas algumas das propostas da sala gerida pela Academia de Música de Espinho e pela Escola Profissional de Música de Espinho, que no primeiro trimestre de 2019 também aí acolhem concertos como o dedicado ao repertório do compositor Luís Freitas Branco (1890-1955) e até uma exposição da ilustradora Constança Araújo Amador.

“A ideia principal da programação do Auditório de Espinho continua a ser a da diversidade, sem cedências”, declara à Lusa o programador dessa sala de espetáculos, André Gomes. “O público confia-nos a apresentação de propostas que fogem aos radares do mainstream” e assumimos essa responsabilidade — e esse risco”, realça.

A programação do primeiro trimestre de 2019 aposta assim em “nomes históricos e novos valores do jazz, duas joias da folk norte-americana, teatro de marionetas e ainda na música clássica, que é, como se sabe, uma das marcas do Auditório”. Um dos destaques desse cartaz é “o mestre do jazz italiano Enrico Rava”, que, “do alto dos seus 80 anos”, se apresentará em palco em quarteto, num registo que André Gomes descreve como “incansável e sempre constante”.

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No mesmo género musical, mas com assinatura portuguesa, o Auditório de Espinho irá também receber o vibrafonista português Eduardo Cardinho, cujo álbum Black Hole, de 2016, foi considerado “um dos melhores discos de jazz do ano”. Embora com tónica luso-galaica, outra proposta dentro do mesmo género é o concerto pela Orquestra Jazz de Espinho com solos do trompetista galego Ricardo Formoso, sob direção musical de Paulo Perfeito e Daniel Dias.

Dos Estados Unidos chegam depois dois novos nomes da folk americana: Laura Gibson, que se apresentará em Espinho “a solo, num concerto intimista com o mais recente disco Empire Builder“, e Josephine Foster, que dará a conhecer o álbum Faithful Fairy Harmony, lançado em novembro de 2018.

Entre as duas propostas de música erudita anunciadas para o auditório, a primeira é a da Orquestra Clássica de Espinho, com o barítono Tiago Amado Gomes, direção musical de Jean-Marc Bufin e “obras russas e americanas do Romantismo e do Modernismo”, e a segunda é o recital com obras de Luís Freitas Branco pelo violinista Nuno Soares e pelo pianista Youri Popov.

Quanto a temáticas paralelas à música, o primeiro trimestre de 2019 do Auditório de Espinho faz-se com uma mostra de ilustração por Constança Araújo Amador, cujas criações se relacionam sobretudo com poesia portuguesa, e completa-se com o festival Mar-Marionetas, cuja 13.ª edição levará a essa sala os espetáculos “Poemas Visuais”, da companhia catalã Jordi Bertrán, e “Lobo Mau”, do coletivo portuense Red Cloud.