Os funcionários judiciais iniciam na segunda-feira um novo período de greve até ao final do mês de janeiro que vai decorrer diariamente em diferentes tribunais e outros organismos do sistema judiciário de todo o país.

A paralisação é convocada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) e acontece depois de um conjunto de greves parciais de duas horas diárias que decorreu entre 5 de novembro e 31 de dezembro.

Em causa está a renegociação do estatuto profissional, tabela remuneratória, matérias relacionadas com o ingresso na carreira, promoções e regime de aposentação.

O presidente do SFJ, Fernando Jorge, disse à agência Lusa, que a greve vai decorrer até 31 de janeiro em todo o país, realizando-se por áreas processuais e nos organismos do Ministério da Justiça onde trabalham funcionários judiciais.

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Fernando Jorge adiantou que o sindicato adequou esta forma de luta à nova realidade depois do Ministério da Justiça ter introduzido alterações à proposta inicial do estatuto e se ter comprometido em negociar alguns dos pontos, encontrando-se neste momento o processo numa fase de negociação.

O sindicalista adiantou que o período de greve será suspenso caso o Ministério de Justiça assuma por escrito os compromissos.

Além da greve diária até ao final do mês de janeiro em diferentes tribunais do país, o SFJ tem também marcado um plenário e uma concentração nacional no dia 15, quando se realiza a cerimónia de abertura do ano judicial.

O SFJ já anunciou novas ações de luta para os meses de fevereiro, março e abril e uma greve nacional entre os dias 29 de abril a 3 de maio se não obtiverem qualquer resposta positiva por parte do Governo.

Além de um estatuto que reconheça a complexidade funcional do que os oficiais de justiça fazem, o sindicato exige também o preenchimento de 1.400 vagas e o preenchimento das 750 promoções que faltam.