Mais de 750 pessoas foram detidas na Índia durante os protestos contra a entrada de duas mulheres no templo hindu de Sabarimala, informou hoje a polícia indiana, que teme mais violência nos próximos dias. “A polícia continua extremamente vigilante, há tensão, mas ainda é pacífica”, afirmaram as autoridades, acrescentando que impuseram proibições de viagem para as cidades de Palakkad e Kasargod, duas das áreas mais afetadas pela violência.

Várias localidades do estado de Kerala, no sul da Índia, estiveram, na quinta-feira, em greve para protestar contra a entrada de duas mulheres no templo hindu de Sabarimala, prosseguindo as manifestações de quarta-feira que já causaram um morto.

Na madrugada de quarta-feira, duas mulheres com menos de 50 anos entraram pela primeira vez naquele santuário, escoltadas por vários polícias, depois do Supremo Tribunal anular, em outubro, a proibição de entrada imposta às mulheres entre os dez e os 50 anos.

Tradicionalistas hindus manifestaram-se imediatamente contra a entrada das mulheres em idade fértil no templo hindu, levando a polícia indiana a utilizar gás lacrimogéneo, granadas atordoadoras e canhões de água para deter os manifestantes. A maioria dos templos hindus não autoriza a entrada de mulheres durante o período menstrual, mas Sabarimala era um dos raros a proibir a sua entrada entre a puberdade e a menopausa.

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