A Microsoft patenteou uma tecnologia que permite aos utilizadores terem mais privacidade quando usam os comandos por voz dos telemóveis em público. O microfone vai conseguir ouvir os sussurros dos utilizadores, fazendo que seja possível usar os comandos por voz na rua ou em transportes públicos sem que as pessoas à volta deles percebam a informação que está a ser partilhada. O microfone ainda não está à venda porque não passa de um protótipo, mas Masaaki Fukumoto, um investigador da Microsoft, já publicou um vídeo no YouTube a explicar como tudo funciona.

De acordo com o Futurism, a nova ferramenta da Microsoft foi registada com o nome “voz silenciosa” e funciona com base na forma como o humano sussurra as palavras. As pessoas sussurram quando, baixando o volume da voz, falam enquanto expulsam o ar acumulado nos pulmões. A “voz silenciosa” da Microsoft funciona ao contrário. Para fazer uso dela, o utilizador tem de falar enquanto inala num processo chamado “fluxo de entrada de ar”.

Por enquanto, a “voz silenciosa” só funciona se o utilizador estiver, no mínimo, a dois milímetros do microfone do telemóvel. Até ao momento, essa foi a única maneira que a Microsoft encontrou até agora de as palavras sussurradas não serem distorcidas quando interpretadas pelo software, nem percebidas por quem estiver à volta da pessoa. O mecanismo pode ser incorporado noutros dispositivos, como relógios, comandos da televisão, auriculares e anéis, mas isso nunca foi testado, assegura a Engadget.

Apesar de a proximidade que esse mecanismo exige entre o cliente e o telemóvel — o Futurism fala em “beijar o microfone em troca de privacidade” –, a Microsoft garante que é disto que o mercado precisa. No pedido de patente, a empresa afirma que, por não quererem incomodar as pessoas à volta ou não quererem partilhar informações pessoais com estranhos, as pessoas evitam emitir comandos de voz quando estão em público.

“Embora o desempenho da entrada de voz tenha sido bastante aprimorado, a entrada de voz ainda é raramente usada em espaços públicos, como escritórios ou mesmo residências”, diz o registo. “Essas não são questões técnicas, mas questões sociais. Portanto, não há uma solução fácil, mesmo que o desempenho do sistema de reconhecimento de voz seja bastante aprimorado”, argumenta a Microsoft.

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