Em 2018, nasceram mais quatro mil empresas (10,4%) do que em 2017, mas também encerraram mais 18,6% em relação ao ano anterior. As conclusões foram retiradas do barómetro anual da Informa D&B e reveladas esta segunda-feira. O turismo foi a área que se destacou na aposta de novas empresas no ano passado.
De acordo com os dados, 2018 “foi um ano recorde na constituição de novas empresas”, tendo em conta que foi registado um crescimento de 10,4% (para um total de 45.191 novas empresas) em relação ao ano anterior. Lisboa, Porto e Setúbal foram os distritos onde se constituíram mais empresas, sendo a capital a grande vencedora com 15.798 novas constituições. No total, estes três distritos correspondem a 80% das empresas constituídas.
De todos os setores, há uma área que se destaca: as atividades ligadas ao turismo — incluindo transportes, atividades imobiliárias, alojamento e restauração — cresceram 14,6% e representam cerca de 40% de todas as novas empresas criadas em 2018.
O ano de 2018 vem reforçar os sinais da iniciativa empreendedora, que já se tinham verificado em 2017 e ilustra a forte dinâmica do turismo em Portugal, pois as novas empresas ligadas às atividades turísticas representam uma parte muito significativa deste crescimento”, explicou Teresa Cardoso Menezes, diretora-geral da Informa D&B, citada em comunicado.
O relatório indica também que as sociedades unipessoais representaram mais de metade das novas empresas em 2018, enquanto as sociedades anónimas verificaram um declínio e são atualmente em menor número do que as que surgiam há 10 anos. No que diz respeito ao rácio de nascimentos/encerramentos, concluiu-se que em 2018 foram criadas 2,5 empresas por cada uma que fechou, um rácio ligeiramente inferior ao de 2017 (2,7). Em 11 anos, o número de novas empresas cresceu 28,9%, de 35.063 para 45.191.
Quanto às empresas que encerraram, os dados indicam em 2018 o número total de encerramentos subiu para 18.111, um valor que tem vindo a crescer continuamente desde abril em todos os setores. A Informa D&B indica também que foi na indústria transformadora (35,1%) e nos grossistas (32,9%) que se verificaram o maior número de encerramentos, ao contrário, por exemplo, do setor da construção que, apesar de ter sido um dos setores com mais encerramentos (424) foi também uma das áreas com um maior crescimento de novas empresas, “o que representa alguma renovação empresarial”, diz a Informa D&B em comunicado.
Já em relação às empresas em processo de insolvência, foram registadas menos 323 do que em 2017, o que equivale a um decréscimo de 12,1%. A empresa alerta, no entanto, para o facto de este valor ter sido o menos acentuado dos últimos dois anos. Quanto às empresas com controlo de capital estrangeiro, foi batido um valor recorde: Em 2018, diminuíram 10,6%. Quase 25% destas empresas pertencem ao setor dos serviços.