Dezenas de milhares de cambojanos juntaram-se esta segunda-feira em Phnom Penh para celebrar o quadragésimo aniversário da queda do regime Khmer Vermelho.

Sob o olhar do primeiro-ministro, Hun Sen, os cambojanos assistiram esta segunda-feira a uma missa comemorativa do fim do regime maoista Khmer Vermelho, liderado pelo tirano Pol Pot, que vigorou entre 1975 e 1979, causando sofrimento e perseguição a milhares de cidadãos e matando cerca de dois milhões de pessoas.

“Hoje celebramos este momento para reavivar a memória inefável dos crimes mais odiosos do regime de Pol Pot”, disse Hun Sen, ele próprio um ex-Khmer Vermelho.

O regime de Pol Pot caiu em 7 de janeiro de 1979, resultado de uma ofensiva vietnamita envolvendo Hun Sen, que desertou do regime e se refugiou no Vietname. Hun Sen, que está no poder há mais de 30 anos, tem-se afirmado como referência política e servido como a única defesa contra o regresso à guerra civil.

O primeiro-ministro tem comparado a atual oposição ao seu governo ao regime Khmer Vermelho, o que justificou que tivesse proibido o principal partido opositor, o Partido Nacional de Resgate do Camboja (CNRP), bem como a prisão do seu líder, Kem Sokha.

Hun Sen voltou a prometer, esta segunda-feira, que impedirá “as ações de políticos extremistas da oposição e estrangeiros que estão por trás deles”. Kem Sokha, está atualmente em prisão domiciliar, aguardando julgamento, acusado de querer fomentar uma revolução com o apoio de Washington.

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