A transportadora aérea Ryanair enfrenta na terça-feira a primeira de três greves dos tripulantes de cabine nas bases espanholas convocadas pelos sindicatos USO e Sitcpla, para exigir a aplicação da lei laboral nacional e não a irlandesa.

Os trabalhadores voltam a parar nos próximos dias 10 e 13 depois da falta de acordo com a empresa, com os sindicatos a garantirem que Espanha é o único país onde não se cumpre “flagrantemente” a legislação laboral. Os tripulantes tinham já estado em protesto em julho e em setembro, no âmbito de greves europeias que incluiu Portugal, Itália, Bélgica e Holanda.

No final de novembro, a Ryanair confirmou a assinatura de um “acordo de reconhecimento sindical” com o Sindicato Nacional de Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC). A companhia irlandesa de baixo custo escusou-se a fazer mais comentários sobre o compromisso com o SNPVAC, que no dia anterior tinha anunciado um acordo com a Ryanair para a aplicação da legislação laboral nacional nos contratos de trabalho dos tripulantes de cabine em Portugal.

“Este acordo assinado dá-nos uma grande tranquilidade e um final nesta história que se vem arrastando há demasiado tempo, cerca de um ano, nesta luta que finalmente tem um ponto final”, disse à agência Lusa, na altura, a presidente do SNPVAC, Luciana Passo.

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No início de novembro, a Ryanair tinha informado que estava a negociar com sindicatos para aplicar legislação local em contratos de funcionários, num comentário à carta assinada por cinco governantes europeus a instar a companhia aérea irlandesa a concluir acordos laborais.

Também a comissária europeia para o Emprego, Marianne Thyssen, tinha insistido na necessidade da aplicação da legislação laboral local o mais depressa possível.

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