Numa altura em que é aguardada para este ano a revelação da oitava geração do Golf, que deverá ser introduzida no mercado no segundo semestre de 2019, eis que a imprensa especializada alemã vem revelar que, afinal, pode não haver um mas sim dois Golf – o “normal”, que vai tornar-se ainda mais sofisticado, tecnológico e caro, se a tradição se mantiver; e depois outro, mais barato, para quem gostava de ter um Golf, mas não tem orçamento para lá chegar.

De acordo com a Auto Bild, a Volkswagen está a trabalhar naquilo que designa internamente por “Golf Light”. Portanto, um Golf mais leve na tecnologia – ou, melhor, na ausência dela – e no preço. Só que, ao contrário do que seria de supor, esta proposta mais acessível não pretende disputar os clientes do Polo, apontando antes armas à clientela do pequeno up!

Por volta de 2020, o pequeno citadino deveria conhecer uma nova geração, mas o mais natural é que o fabricante aproveite a oportunidade para substituí-lo por um “nome” mais forte, tirando assim partido da imagem que o Golf veio a conquistar ao longo dos anos – ou não fosse o compacto o bestseller da Volkswagen. Mas as vantagens, do ponto de vista comercial, não ficariam por aí. Prevendo-se que o Golf Light venha a praticar um preço algures no intervalo entre um Dacia muito caro e o mais básico dos Skoda, a Volkswagen teria neste modelo a sua nova porta de entrada na gama, oferecendo aos clientes a percepção de pagarem menos e terem mais – mais espaço. Isto porque o “levezinho” deverá montar-se na mesma plataforma que já serve o Polo, a MQB-A0, pelo que oferecerá necessariamente dimensões mais generosas que o actual up!

Em contrapartida, se a ideia é mesmo arrasar no preço, será de esperar que o Golf Light faça uma severa dieta ao nível dos acabamentos, privilegiando plásticos mais duros (e baratos), estruturas de montagem fácil (e rápida) e, ainda, um interior muito simplificado, que se resumirá a pouco mais do que o básico. Ao que tudo indica, a lógica de austeridade estender-se-á à oferta de motorizações, que deverá limitar-se ao 1.0 TSI com caixa manual de cinco velocidades.

Uma vez que nada de oficial foi comunicado a este respeito, convém ressaltar que a Volkswagen poderá estar a trabalhar não num novo modelo de entrada, mas sim num Golf destinado aos mercados emergentes, como China, Índia ou Brasil. Seja como for, parece certo que a caminho está mesmo um Golf mais baratinho.

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