O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, prometeu redobrar a pressão sobre Teerão e manter a luta contra o grupo extremista Estado Islâmico, ao iniciar esta terça-feira, na Jordânia, um périplo pelo Médio Oriente.

Na primeira visita após, em dezembro, o Presidente dos EUA ter anunciado a retirada de tropas na Síria, Mike Pompeo considerou que o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico e a revolução iraniana são ameaças diretas aos interesses norte-americanos.

A coligação para contrariar a revolução iraniana é tão eficaz hoje como era ontem e como continuará a ser”, afirmou esta terça-feira Mike Pompeo numa conferência de Imprensa em Amã, ao lado do ministro dos negócios estrangeiros jordano, Ayman Safadi.

Pompeo referia-se ao facto de Donald Trump ter anunciado a retirada de tropas norte-americanas da Síria, onde os EUA lutavam ao lado de uma coligação de aliados árabes.

“A decisão do Presidente de retirar as forças da Síria não afeta a nossa capacidade de alcançar a vitória sobre o Estado Islâmico”, disse Pompeo, prometendo também “intensificar, nos próximos dias e semanas, os esforços diplomáticos e comerciais para colocar mais pressão sobre o Irão”, país que continua sujeito a sanções económicas impostas pelos EUA.

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Mike Pompeo aproveitou a visita à Jordânia para reforçar a ideia de que os EUA permanecem ativos na Síria e para tranquilizar as forças aliadas curdas, afirmando que a Turquia fez promessas de os proteger.

Domingo, o assessor para a segurança nacional, John Bolton, tinha afirmado numa entrevista que a retirada americana da Síria estaria condicionada a garantias de segurança dos aliados curdos, mas que a situação estaria a cargo da Turquia.

No dia seguinte, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, denunciou as declarações de Bolton como “inaceitáveis” e afirmou que a Turquia não protegerá os curdos, que ainda considera como “terroristas”.

Na passagem pela Jordânia, Mike Pompeo não comentou as declarações de Erdogan.

Depois da passagem pela Jordânia, o chefe da diplomacia dos EUA viajará para o Egito, Bahrein, Abu Dhabi, Catar, Arábia Saudita, Omã e Kuwait.

Na Arábia Saudita, Pompeo deverá reafirmar a decisão de Donald Trump de preservar a aliança com a coroa saudita, apesar do envolvimento do príncipe herdeiro no assassínio do jornalista Jamal Khashoggi.

Nesta digressão pelo Médio Oriente, Pompeo leva ainda o dossiê da guerra no Iémen, onde os EUA contam com o apoio da Arábia Saudita contra os rebeldes.