O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou esta quarta-feira que o seu país está “pronto para qualquer cenário”, após informações sobre um eventual ciberataque estrangeiro durante as eleições legislativas de 9 de abril.

Israel está pronto para combater uma intervenção cibernética, estamos prontos para qualquer cenário e nenhum país está mais preparado que nós”, declarou à imprensa.

Na terça-feira, a televisão privada Hadashot revelou que o chefe do Shib Bet, a agência de segurança interna israelita, tinha declarado que Israel se preparava para um ciberataque durante as eleições de 9 de abril.

“Um Estado estrangeiro pretende intervir nas próximas eleições em Israel e ele intervirá”, terá declarado Nadav Argaman aos participantes de uma reunião à porta-fechada, adiantando não saber ainda “a favor de quem ou contra quem” será a intervenção.

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O Shin Bet divulgou depois um comunicado afirmando que Israel tinha “as ferramentas para localizar, vigiar e combater as tentativas de influência estrangeira, se as houver”.

O sistema de segurança em Israel pode assegurar a realização de eleições livres e democráticas em Israel”, adiantou.

A Rússia já negou as suspeitas sobre ser ela o Estado que planeava interferir na votação israelita.

“A Rússia nunca esteve envolvida em eleições em nenhum país e não tem intenções de o fazer no futuro”, declarou o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, segundo nota divulgada pela embaixada russa em Israel.

Moscovo é acusado de ter tentado influenciar várias eleições na Europa, assim como as eleições norte-americanas em 2016, através de campanhas de desinformação.